Espetáculo ‘Pobre Diabo Louco e seu Discurso Para Moscas’ encerra a semana do Teatro em Campo Grande

Como parte das comemorações da semana do teatro de MS e encerrando o Festival Boca de Cena, o Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática, que completou 21 anos em janeiro de 2013 apresenta amanhã, quinta-feira (28 de março) as 20 horas no Teatro Aracy Balabanian o monólogo “Pobre Diabo louco e Seu Discurso Para Moscas”. A […]

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Como parte das comemorações da semana do teatro de MS e encerrando o Festival Boca de Cena, o Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática, que completou 21 anos em janeiro de 2013 apresenta amanhã, quinta-feira (28 de março) as 20 horas no Teatro Aracy Balabanian o monólogo “Pobre Diabo louco e Seu Discurso Para Moscas”. A entrada é grátis.

O evento da Fundação de Cultura de MS ofereceu durante toda a semana 14 espetáculos gratuitos em teatros e ruas de Campo Grande.

Escrito, dirigido e interpretado pelo ator e diretor Espedito Di Montebranco, o monólogo já viajou vários estados do país e exterior, além de receber mais de 20 prêmios e menções honrosas da Câmara de Vereadores de Campo Grande.

O espetáculo considerado por muitos como uma crítica política, narra os problemas enfrentados no estado de Mato Grosso do Sul e no Brasil, contando a história de Praculá Makob, um indigente que anda perdido pelo País com o sonho de chegar ao Distrito Federal e falar com a Presidente da República, assim, caminha de cidade em cidade e em cada uma delas que chega pergunta: Pra que lado fica o Distrito Federal? E as pessoas respondem: Praculá.

Makob, foi o sobrenome que lhe deram, pois segundo a bíblia, significa dor e sofrimento e foi o que viram nesse mendigo perdido, nesse “Pobre Diabo Louco e seu Discurso para Moscas “, onde a maioria pensa tratar-se de um louco, um doente mental e não percebem que esse é o verdadeiro cidadão, que critica e apresenta possíveis soluções para esse Brasil sofredor.

Praculá é um andarilho, um quase homem, um sonhador, aceita-se como uma metamorfose humano-lobisomem, um ser desprovido de estudo, residência fixa e até amor, porque nessas andanças descobre que a solidão é sua única companheira, sofre assim calado e percebe que as dores preconceituosas do credo, cor e raça se agarram a ele como a própria sujeira que lhe é peculiar, vive num país rico em alimento, mas que falta pão em sua própria mesa, um país quase analfabeto, mas de um povo extremamente cordial.

Em 2000 no Festival Nacional de Monólogos de Teresina-PI, o ator e comediante de teatro e televisão Ataide Arcoverde, conhecido por inúmeros personagens, dentre eles “O Salsichão”do Zorra Total e que na ocasião fazia parte do júri do Festival escreveu:

“Pobre Diabo Louco” é criativo, um claw do Brasil, com enriquecimento de expressões. Cenário, características com proposta, Brasil em frangalhos, separado, dividido. Espetáculo existencialista, reflexivo. Luz criativa, funcional. Texto maravilhoso. O ator Espedito Montebranco é excelente”.

O ator – Espedito Di Montebranco é pernambucano, dramaturgo, iluminador, ator de teatro e televisão e diretor teatral. Começou sua vida artística em 1995 e desde então constam em seu currículo mais de 60 trabalhos em teatro, cinema e televisão e cerca de 40 prêmios dedicados as suas criações. É diretor do Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática (TPSD). Dirigiu 13 espetáculos, atuou em mais 14 e gravou mais de 45 comerciais para televisão, além de campanhas políticas, além de ser dirigido por vários diretores renomados, o trabalho mais recente foi em “Murro em Ponta de Faca”, de Augusto Boal com direção de Paulo José, com Temporada no SESC Copacabana (RJ) e Espaço Cênico em Curitiba em 2011.

Foi funcionário público por cerca de 20 anos e abandonou a vida pública em 2000 para viver exclusivamente da arte. Formado em Artes cênicas em 2005, possui registro profissional de ator, diretor e iluminador. Participou de oficinas com vários profissionais como: Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Cacá Carvalho, Humberto Pedrancini, Jonas Bloch, dentre outros.

É professor de teatro e ministrou oficinas em vários espaços de Campo Grande, dentre eles: Projeto Nessa Rua Tem Talento, Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande, Unaes- Centro Universitário, Centro Cultural José Octávio Guizzo, além de vários municípios de MS.

É um dos criadores e organizadores do Festival Nacional de Teatro de Campo Grande (Festcamp), que em 2011 realizou a 5ª Edição, atingindo a marca dos 100 grupos participantes.

Estreou na literatura em 1984 quando foi premiado em 1º lugar no Concurso campo-grandense de Crônicas e Poesias “Campo Grande Meu Amor”, recebendo desde então mais de 15 prêmios em vários eventos poéticos e várias publicações em revistas especializadas.

No cinema, participou de 02 longa metragens: Terra Vermelha (2008) com Leonardo Medeiros e Matheus Nachtergaele, com direção de Marco Bechis e Cabeça a Prêmio (2009), com Eduardo Moskovis, Cassio Gabus Mendes e Via Negromonte, com direção de Marco Ricca , 01 média metragem Frontera (2011) com direção de David Cardoso e 02 curta metragens: O Bebê de Maria, (2000) com direção de Miguel Horta e o “Espera” (2012) da produtora Render Brasil.

Na dramaturgia possui vários textos encenados e premiados, dentre eles destacam-se: Equilibrio, Pobre Diabo Louco e Seu Discurso Para Moscas, Temos Vagas Para Sonhadores, Madalena – a menina que morava na parede, O Paridor de Poemas e o Espelho das águas, Socorro, minha casa é uma comédia, o Terceiro Quarto Amarelo e o Diário de um Homem SO’LO.

Teve os textos: Madalena, a menina que morava na parede e Socorro, minha casa é uma comédia escolhidos para serem lidos no Projeto “Salve a Língua de Camões” em Portugal nos anos de 2008 e 2012.

É iluminador desde 2000, criando e operando projetos de iluminação para várias companhias de dança, bandas musicais e espetáculos teatrais, destacando a circulação por 35 cidades e 13 estados brasileiros com o espetáculo “Cultura Bovina”? da Ginga Cia de Dança no Projeto Palco Giratório-Sesc em 2009.

O Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática, filiado a Associação Artística Cultural Palco de Artes Cênicas, Esporte, Lazer e Promoção Social (AACP) nasceu há 20 anos em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul e em 2012 recebeu menção Honrosa da Assembleia Legislativa de MS por serviços culturais prestados ao Estado de MS.

Foi fundado em 1992 e em 1995 passou à coordenação de Espedito Di Montebranco. Em 2010 o coletivo resolveu acrescentar a denominação “Sociedade Dramática”, em homenagem ao primeiro Grupo Teatral da cidade de Corumbá, criado por jovens estudantes e moças da sociedade em 1920.

O Grupo Teatral Palco, Sociedade Dramática se consolida pela atuação incessante na busca do fazer e no aperfeiçoamento da qualidade técnica de seus componentes, atuando no cenário nacional e internacional das artes cênicas com mais de 40 prêmios dedicados às suas criações, participações internacionais e menções honrosas.

Dentre as várias marcas do grupo, destaca-se a acidez dos temas, a crítica social como elemento fundamental para a transformação da sociedade e a compreensão dos temas abordados. O constante trabalho de pesquisa em dramaturgia, direção, atuação e encenação são vividos a cada nova construção de espetáculo. Todos os componentes do Grupo buscam estudar técnicas de iluminação, criação de trilha, confecção de figurinos e direção cênica.

Buscando um maior intercâmbio e troca de conhecimento, os atores do grupo atuam ou dirigem outros trabalhos em vários grupos de MS.

Serviço – Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3317-1795. O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica localizado na rua 26 de Agosto, 453 – centro.

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