Chefe da Sesau diz que haverá concurso para novas UPAs, como das Moreninhas 

A Prefeitura de Campo Grande voltou atrás na decisão de reduzir gastos com pessoal na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e, ao contrário, anuncia concurso público para o setor. Quem garante é o chefe da pasta, , após o anúncio de ‘corte de gorduras' gerar uma série de reclamações por parte dos servidores.

Segundo funcionários da área, o corte seria ratificado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) após uma suposta reunião, nesta sexta-feira (6) à tarde, entre o prefeito, Gilmar Olarte (PP), e chefes de secretarias envolvidas, tal como Wilson do Prado, da Administração.

A Sesau, no entanto, negou nesta quinta-feira (5) a informação e revelou que haverá concurso para contratar servidores de todas as áreas da pasta. Desde que a ‘queima de gordura' começou a correr nos bastidores da saúde municipal, diversos servidores, entre eles enfermeiros; técnicos em enfermagem; técnicos administrativos e médicos, entraram em pânico – a redação do Jornal Midiamax, por exemplo, passou a receber, diariamente, muitas reclamações.

Depois disso, a Sesau chegou a admitir que haveria os cortes, mas foi amena, no sentido de informar, entre outras coisas, que os cortes atingiriam serviços considerados improdutivos. Não funcionou: as explicações geraram ainda mais reclamações por parte dos servidores.

Os técnicos administrativos, por exemplo, alertam que ganham como salário base, apenas, R$ 700. Somente com os plantões, um técnico consegue receber R$ 1.500.

“Temos compromissos, muitos fizeram empréstimos em bancos, como vamos pagar? Estão querendo colocar empresas terceirizadas para fazer nosso serviço. Como vai ficar nossa vida?”, questiona uma técnica administrativa, que preferiu não se identificar.

Salem ressaltou, em entrevista ao Jornal Midiamax na manhã desta quinta-feira (5), que não há a gordura que o Município imaginava. “Vimos que a saúde está magra. Quero tranquilizar a população e os servidores que não haverá cortes e sim contratações, pois não queremos prejudicar o atendimento nas unidades de saúde”, diz.

O secretário explica que pode haver uma reorganização de servidores, apenas. “Cito o exemplo de uma unidade móvel que possuiu o serviço de psiquiatria. Com a inauguração dos cinco CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) na Capital, é bem provável que os médicos psiquiatras sejam removidos das unidades móveis para trabalharem nos CAPS”, ameniza.

Concurso

Segundo Jamal, em vista da inauguração de novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento Comunitário), o município vai precisar de novos servidores. Assim, está previsto um concurso para os meses de março ou abril.

“Vamos inaugurar as UPAs do Santa Mônica, do Leblon e das Moreninhas, e não temos gente para trabalhar. Por isso, queremos contratar mais servidores”, afirma o secretário.

Atualmente, segundo Jamal, existem cerca de 800 enfermeiros, 500 técnicos em enfermagem, 400 técnicos administrativos e 1.200 médicos trabalhando para a rede municipal de saúde. “Queremos contratar de todas as áreas. Por enquanto, já sabemos que há uma defasagem de 110 assistentes sociais e de 200 técnicos administrativos”, conclui.