Benefício costumava ser pago dia 1º, mas será liberado até o dia 10
Servidores públicos municipais reclamam do atraso no pagamento do vale-alimentação, que deveria ter sido repassado no início de fevereiro (dia 1º), por meio do cartão magnético. De acordo com servidores, o Sisem (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais) não cobra o Poder Público nem fornece explicações aos trabalhadores, enquanto a entidade fala em problemas técnicos e anuncia mudança na data do pagamento.
Conforme informaçõe do Sisem, cerca de 6,2 mil servidores municipais são representados pelo sindicato. Assim, todos estão sem receber vale no mês de fevereiro.
De acordo com um servidor de uma escola da Rede Municipal de Ensino, que preferiu não se identificar, a suspeita é de que o Sisem tem um acordo com o prefeito, Gilmar Olarte (PP), que prejudica muita gente. “Na época do Bernal (Alcides, PP, antecessor na Prefeitura) isso não ocorria. A diretoria do sindicato cobrava ele. Desde que a nova administração municipal assumiu, não há cobranças, o prefeito faz o que quer”, reclama.
Uma servidora, que também preferiu não se identificar, destaca que o valor, mesmo que seja pequeno, faz falta no orçamento mensal. “Ganho apenas R$ 120, mas faz muita falta deixar de receber. Uso tudo para fazer compras no supermercado”, conta.
Por sua vez, o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, negou que haja conivência com a Prefeitura. Disse que o pagamento deve sair até o próximo dia 10. “Há alguns servidores que estão sendo usados politicamente. Se não houvesse uma previsão de pagamento, eu daria razão para estas reclamações, porém, o pagamento vai sair. Só atrasou em virtude de problemas técnicos”, esclarece.
Tabosa ressaltou que, a partir de março, o pagamento do vale-alimentação será feito todo dia 10 e não dia 1º como tem sido feito tradicionalmente.
Aumento salarial
O sindicalista reforça que no mês de março será enviada para a Prefeitura uma proposta de aumento salarial para os servidores municipais. “Vamos ser incisivos nisso. Queremos negociar um aumento entre 15 e 25%, se baseando no reajuste do salário mínimo”, conclui.
Já a Prefeitura de Campo Grande foi procurada pela reportagem, mas não respondeu às indagações sobre o atrasdo até o fechamento deste texto.
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