Poderes dados a gerente do Cempe foi solução encontrada para melhorar saúde na Capital
Os poderes dados pelo secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, e prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), à gerente do Cempe (Centro Municipal Pediátrico), Renata Guedes Alves, foram alvo de reclamações pelos servidores da saúde. Descontentes com o que chamam de interferências da chefe em órgãos do setor, chegaram a questionar a hierarquia do secretário.
Em reunião na manhã desta quarta-feira (14) no Fets (Fórum Estadual dos Trabalhadores em Saúde), o secretário defendeu a interferência da diretora do Cempe a fim de melhorar o atendimento na saúde. E emendou: “quem manda sou eu.”
A enfermeira e Conselheira Municipal e Estadual de Saúde, Giane França Alvarez, comentou que hove interferências. “Temos conhecimento que ocorreram interferências que não competem a ela”. Segundo servidores, que preferiram não se identificar, a gerente do Cempe ameaçava quem não cumprisse suas ordens. “Ela disse que iria remanejar alguns funcionários de uma unidade de saúde para outra, sem ter prerrogativas para isto e ameaçava de demissão dizendo que a porta da rua é serventia da casa e que quem não estivesse satisfeito que fosse embora”, explicou.
Conforme os relatos, a ameaça de remanejamento seria realizada entre funcionários do CRS (Centro Regional de Saúde) para o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino. A ocorrência mais grave teria acontecido no último sábado (10), na unidade Guanandy, quando a gerente do Cempe teria retirado um médico da emergência para atender um paciente que precisava de uma sutura, relatou um servidor.
De acordo com o secretário os “poderes” dados a Renata tiveram como base a satisfação da população em relação ao trabalho de gerenciamento dela. “Fizemos isso com base em dados da ouvidoria.”, justificou Jamal. Questionado se seria adotada alguma medida a respeito dos casos mencionados, o secretário disse que vai “orientar” melhor a gerente do Cempe e que os “exageros” não serão mais cometidos.
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