Homem esperava receber as chaves de apartamento no Residencial Nelson Trad em dezembro de 2014: Cadastro de 1999

O filho de Steferson Feitosa não poderá frequentar as aulas a partir do dia 09 de fevereiro, na  Escola Municipal Professor Fauze Scaff Gattass Filho. Isso por que, a criança de 07 anos, que vai para a 3ª série, teria que fazer uma viagem diária de 13 Km para estudar em virtude de uma perspectiva não cumprida pelo Poder Público. A Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) havia prometido a entrega do apartamento da família até janeiro deste ano indicando até que o varredor de rua poderia matricular seus filhos na escola próxima. E agora? 

“Assinei o dossiê em janeiro e no mês de setembro tivemos uma reunião com a Emha onde me garantiram que eu estaria com as chaves do apartamento em janeiro de 2015. Afirmaram que eu poderia matricular o meu filho na escola da região até. Fiz isso e agora terei que fazer uma viagem do Campo Belo até o Jardim Carioca se o meu filho for estudar. Sem chance”, reclama Sterferson que já procurou imóveis para alugar nas proximidades da Escola Municipal Professor Fauze Scaff Gattass Filho, mas desistiu em virtude dos preços apresentados. 

O varredor de rua conta que o aluguel de imóvel mais barato na região foi de R$ 350,00, para um cômodo apenas, enquanto aonde reside atualmente lhe oferece um custo mensal de R$ 280,00, tendo três cômodos. Steferson trabalha na região sul da Capital, em uma empresa sediada na rua Brilhante, mora atualmente na área norte de Campo Grande e espera por um apartamento de Habitação Popular na setor oeste da cidade, onde para 2015 o filho dele está matriculado. E pior: a família não possui condução, depende do Transporte Coletivo.

Papelada

A Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo empreendimento que teve os contemplados selecionados pela Emha, informou por meio de sua assessoria que no Residencial Nelson Trad foi efetuada já a entrega de 80% dos imóveis, processo que foi adotado em regime parcial para não se prejudicar a maioria dos mutuários. 
A Instituição alega que falta apenas ser oficializada a entrega de um bloco, que seria o condomínio Margarida. Segundo banco a demora  para o término do trâmite ocorre em virtude de situações burocráticas que envolvem a regularidade da documentação dos futuros proprietários. 

De acordo com a assessoria da Caixa Econômica Federal, as chaves só são transferidas ao contemplado quando o habite-se já foi resolvido com a Prefeitura, e que as ligações de água e energia dos imóveis precisam de uma iniciativa de cada proprietário para a ativação. 
O banco lembra ainda que a Iluminação da área comum do condomínio para sua ativação depende de se estar formalizada a associação de condôminos, uma vez que esse pedido é realizado em nome do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) criado. 

Quanto à perspectiva de entrega do condomínio Margarida, no Residencial Nelson Trad, a assessoria da Caixa Econômica Federal não soube estipular uma previsão para que o último bloco do empreendimento tenha todos os seus moradores instalados.