O prazo para a Prefeitura enviar uma contraproposta venceu na última quarta-feira
Os médicos que atendem pelo município de Campo Grande podem entrar em greve por 72 horas, a partir do dia 30 de março. Eles reivindicam a aplicação do piso nacional da categoria, de R$ 11.675,95, na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), já que, atualmente, recebem R$ 2.580 com salário base. Assim, milhares de pessoas podem sofrer com a falta de profissionais.
A negociação entre o município e o Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) está em andamento. No entanto, o prazo para a Prefeitura enviar uma contraproposta venceu na última quarta-feira (11).
De acordo com o presidente do Sinmed-MS, Valdir Shigueiro Siroma, mesmo com a falta de resposta por parte da Prefeitura, foram dados mais dez dias úteis, contados a partir da última quarta, para que o município se manifeste.
“Estamos aguardando a Sesau responder. Se não houver resposta iremos paralisar os serviços de ambulatório e os programas de Saúde da Família. Só deverão ficar trabalhando 30% dos médicos que atuam nas atividades de emergência e urgência”, explica.
De acordo com o Sinmed-MS, atualmente, há 1.340 médicos trabalhando para a Sesau em Campo Grande. Todavia, o número de pessoas que podem ser prejudicadas com a eventual paralisação destes profissionais não foi divulgado. “Quem mais sofre com a paralisação é a população. Mas é importante ressaltar que toda negociação tem uma proposta e uma contraproposta. Estamos otimistas aguardando a resposta”, termina.
Outro lado
De acordo com a assessoria de imprensa da Sesau, a secretaria prefere não comentar este assunto, por se tratar de um procedimento interno. Todavia, a Sesau adiantou que uma eventual paralisação é decisão da classe médica e, neste caso, a secretaria vai analisar a possibilidade da aplicação de sanções. A Sesau afirma, ainda, que quando a negociação terminar, será amplamente divulgada para a imprensa.
