‘Whiplash’ e ‘Rich Hill’ ganham principais prêmios no Festival de Sundance
O drama-musical “Whiplash” e o documentário “Rich Hill”, sobre moradores de uma cidade rural muito pobre dos Estados Unidos, ficaram com os principais prêmios do Festival Sundance de Cinema no sábado, um reconhecimento importante para que filmes independentes possam ter contato com um público maior. “Whiplash”, o filme da noite de abertura do festival, estrelado […]
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O drama-musical “Whiplash” e o documentário “Rich Hill”, sobre moradores de uma cidade rural muito pobre dos Estados Unidos, ficaram com os principais prêmios do Festival Sundance de Cinema no sábado, um reconhecimento importante para que filmes independentes possam ter contato com um público maior.
“Whiplash”, o filme da noite de abertura do festival, estrelado por Miles Teller e J.K. Simmins, seduziu o público com sua emocionante história sobre um baterista de jazz, em sua obsessiva busca pela perfeição em seu trabalho. O filme ficou com os prêmios do público e do júri na competição.
Os prêmios representam uma grande vitória para o diretor e roteirista de 28 anos Damien Chazelle, que ficou com o prêmio do grande júri de melhor curta-metragem norte-americano de ficção no ano passado em Sundance com uma versão curta de “Whiplash”, que posteriormente transformou em longa-metragem para este ano.
“Lembro que a minha primeira vez aqui foi com um curta, e o motivo pelo qual nós fizemos um curta foi devido às minhas experiências como baterista”, disse Chazelle. “Ninguém queria financiar o filme, porque ninguém queria fazer um filme sobre um baterista de jazz, é surpreendente”, acrescentou, rindo.
O filme foi rapidamente comprado pela Sony Pictures Classics por 3 milhões de dólares, e poderá seguir o caminho de seus antecessores do Sundance, como “Inverno da Alma”, de 2010, e “Indomável Sonhadora”, de 2012, que ganharam o prêmio do grande júri de melhor drama e posteriormente ganharam a aprovação do Oscar.
O prêmio do júri para melhor documentário norte-americano foi para “Rich Hill”, que explora a vida de três meninos adolescentes na cidade rural do Missouri, Rich Hill, que tentam superar as agruras da pobreza.
“Esse é um filme pequeno, mas tem um grande coração e podemos dedicá-lo às família de Rich Hill, Missouri, e às famílias deste filme; os três garotos e suas famílias que foram tão corajosos e encantadores por nos deixar entrar nas suas vidas, por confiar na gente e revelar algumas coisas que eram tão difíceis”, disse a co-diretora Tracy Droz Tragos.
O prêmio do público para melhor documentário norte-americano foi para “Alive Inside: A Story of Music & Memory”, que explora o efeito da música em pacientes idosos que sofrem da doença de Alzheimer.
“Essa foi uma experiência avassaladora para mim”, disse o diretor Michael Rossato-Bennett. “Só fiz este filme porque ele me tocou, eu não percebi quanto esse tema era importante.”
O Festival Sundance de Cinema acontece todos os anos e é patrocinado pelo Instituto Sundance do ator e cineasta Robert Redford, sendo o principal festival de filmes independentes dos EUA. A edição deste ano começou em 16 de janeiro e termina neste domingo.
Na categoria de filme estrangeiro, o chileno-francês “To Kill a Man” ficou com o prêmio do júri de melhor drama. O sírio-alemão “Return to Homs”, a história de dois jovens cujas vidas são viradas ao avesso pela guerra civil na Síria, ficou com o prêmio do júri de melhor documentário.
FOCO NOS DOCUMENTÁRIOS
Outras vitórias notáveis na premiação de sábado foram “Dear White People”, que deu ao cineasta Justin Simien o prêmio de revelação do ano. O filme é uma narrativa satírica baseada em um feed do Twitter com o mesmo nome.
“Estou tão grato por estar aqui e por ter uma plataforma para esse filme, e esses personagens e essas histórias que têm sido injustiçadas há tanto tempo em filmes”, disse Simien um ex-agente cinematográfico.
O cineasta Cutter Hodierne, que assim como Chazelle ganhou um prêmio especial do júri pelo curta-metragem “Fishing Without Nets” e depois voltou a Sundance este ano com uma versão longa-metragem do filme, ganhou o prêmio dos EUA de melhor direção de drama.
O prêmio do público para curta-metragem deste ano, patrocinado pelo site de vídeo YouTube e baseado na quantidade de visualizações que os filmes conseguiram, ficou com “Chapel Perilous”, descrito como uma “comédia metafísica” sobre um homem que é visitado por um vendedor que não tem nada para vender.
O prêmio do júri para melhor curta-metragem foi para “Of God and Dogs”, e o prêmio do júri de melhor curta metragem norte-americano de drama foi para “Gregory Go Boom”.
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