Segundo moradores da Vila Sobrinho, na região Oeste de Campo Grande, o uso de um veneno para controlar o mato na área próxima à Praça do Papa estaria causando coceiras e ardência nos olhos dos vizinhos. O responsável pela propriedade, particular, disse que a intenção era evitar a formação do matagal na região.

De acordo com a denúncia, o veneno seria o nortox, popularmente conhecido como ‘mata-mato’. O representante do dono da propriedade admitiu o uso, mas disse que a intenção era boa. Segundo ele, a prática será suspensa para evitar ‘confusão com os vizinhos’.

O marceneiro Marcelo Ribeiro Coelho, de 29 anos, conta que há dois meses o veneno começou a ser usado. Na ocasião ele afirma que teve coceiras nos braços. “Eu liguei na Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), contudo, acho que eles não resolveram, pois voltaram a jogar veneno”, destaca.

A aposentada, Eugênia Benitez, de 66 anos, diz que existe ainda o risco de fogo depois que o mato seca. “Meu maior medo é o fogo, que nessa época do ano se propaga. Quanto ao veneno, eu estava achando que esse cheiro era de remédio para dengue”, relata.

Por sua vez, a vizinha e aposentada Tereza Maria Serre, de 63 anos, é favorável ao uso de ‘mata- mato’. “Mas ele deve ser usado com cautela. Prefiro que derrubem o mato alto, pois isso traz muitos bichos aqui para minha casa como aranhas, lacraias e escorpiões. Eles podem usar o veneno sim, mas deve ser na dosagem certa”, pondera.

O responsável pela atividade, identificado apenas por Ivo, informou à equipe de reportagem do Midiamax que não tinha a intenção de prejudicar alguns vizinhos, pois tem muita gente que não gosta de mato alto. Segundo ele, não haverá mais esse procedimento.

“Vamos estudar outra alternativa para cortar o mato. Bem provável que iremos roçar o local”, relata.

Já a Semadur informou que vai averiguar o caso, mandando uma equipe para o local. A secretaria disse, também, que caso a população se sinta prejudicada com qualquer problema que envolva o meio ambiente, basta ligar para o número 156.