O coordenador em exercício do Samu, André Borges, explicou na tarde desta sexta-feira (21) a demora no atendimento do sitiante José, que acabou falecendo na noite de ontem (20). André disse que a distância, a falta de informações precisas sobre o quadro clínico da vítima e a qualidade da ligação feita ao Samu fizeram com que a unidade de atendimento não chegasse ao local da ocorrência.

De acordo com o coordenador do Samu, o paciente vinha de um assentamento distante e todas as viaturas da área que cobrem aquela região já estavam em ocorrência. Além disso, no momento da primeira ligação para o Samu, às 19h24min, a solicitante não estava no local com a vítima, o que dificultou o processo de colher informações precisas sobre o quadro clínico do paciente. André ainda disse que a ligação caiu e que a qualidade da chamada era muito ruim.

“Quarenta minutos depois da primeira ligação, a solicitante voltou a ligar, só que desta vez a pessoa que atendeu a ocorrência pediu um telefone de contato de alguém que estivesse com a vítima. Mas neste momento, fomos informados que o paciente já estava no posto 21 da Polícia Rodoviária Federal”, explicou o coordenador em exercício do Samu.

André ainda afirmou que o policial que estava no posto da PRF fez a verificação e constatou que a vítima já estava em óbito. Segundo ele, na primeira ligação, a solicitante já havia evidenciado que a vítima tinha uma patologia grave em estado terminal e em vias de falecimento durante o trajeto do assentamento para o posto da PRF.

Nova administração

O coordenador ainda afirmou que o prefeito Gilmar Olarte (PP) e o novo secretário de Saúde, Dr. Jamal (PR), já disseram que o Samu é prioridade na área da saúde no município e que as viaturas que estavam sendo consertadas voltarão para as ruas o mais rápido possível.

“Acredito que até o final da tarde desta sexta-feira, 13 viaturas estejam liberadas para atender a população de Campo Grande da melhor maneira possível”, diz André.