Rússia chama apoio do G7 à Ucrânia de ‘cinismo sem limites’

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, chamou nesta quinta-feira (5) de “cinismo sem limites” o apoio do G7 à operação armada das forças ucranianas contra a insurreição pró-Moscou na região leste do país. Medvedev mencionou no conselho de ministros a entrada no país de refugiados a partir das regiões de fronteira com a Ucrânia. “Depois disto, […]

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O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, chamou nesta quinta-feira (5) de “cinismo sem limites” o apoio do G7 à operação armada das forças ucranianas contra a insurreição pró-Moscou na região leste do país.

Medvedev mencionou no conselho de ministros a entrada no país de refugiados a partir das regiões de fronteira com a Ucrânia.

“Depois disto, o suposto G7 fala de ações moderadas do exército ucraniano contra seu próprio povo. É de um cinismo sem limites”, afirmou.

Nesta quarta-feira (4), os líderes dos países do G7, reunidos em Bruxelas, pediram à Rússia que cesse o processo de desestabilização da Ucrânia e manifestaram sua disposição de incrementar as sanções contra Moscou caso a escalada ucraniana persista.

“As ações para desestabilizar o leste da Ucrânia são inaceitáveis e devem cessar”, destaca o comunicado final do G7, que exorta Moscou a deter o “fluxo de armas e militantes através de sua fronteira”.

“Estamos prontos para implementar sanções que imponham um maior custo para a Rússia se os acontecimentos exigirem”, afirma o comunicado firmado pelos líderes de Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Japão, Canadá e Itália.

“As pessoas estão assustadas, têm medo, mas as autoridades ucranianas não veem nenhum problema humanitário, afirmam que não existem refugiados: isto é mentira”, declarou Medvedev.

O primeiro-ministro calculou que 5 mil pessoas chegam a cada dia à região russa de Rostov Don (sudoeste), procedentes da Ucrânia.

“A diferença entre as saídas e entradas (na fronteira) é de quase 5 mil por dia”, disse.

Alguns pedem o status de refugiados. “Quatro mil já solicitaram. Não tem precedentes”, afirmou Medvedev.

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