A população de Porto Alegre segue afetada pela greve que está colocando nas ruas apenas 30% da frota de ônibus pelo segundo dia consecutivo. Sem acordo entre rodoviários – que exigem aumento salarial – e empresas de ônibus – que só garantem atender às reivindicações se for aprovado um novo valor nas passagens -, somente 436 dos 1.453 coletivos que circulariam em uma terça-feira normal de fato estão levando passageiros. A greve não tem data para terminar e, segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Júlio Gamaliel Pires, sequer houve negociação até o momento.

Funcionários do transporte coletivo da capital gaúcha começaram ontem uma paralisação por tempo indeterminado, que deve fazer com que apenas 30% da frota atenda a população. A greve foi aprovada pelo sindicato dos rodoviários na semana passada. A categoria pede reajuste salarial de 14%, aumento de R$ 4 no vale-alimentação e a manutenção do plano de saúde, entre outras reivindicações. Mais de 1 milhão de passageiros estão sendo afetados.

O monitoramento do trânsito é feito pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que garante intervir, se necessário, para garantir a circulação das linhas. A prefeitura solicitou ainda apoio da (Polícia Militar local) para agir em caso de tumulto, mas nenhuma ocorrência relacionada foi registrada durante o primeiro dia de paralisação.

Enquanto durar a paralisação, os lotações poderão transportar passageiros em pé e também terão o atendimento das linhas ampliado. Táxis também estão nas ruas e não são afetados pela greve dos rodoviários. Além disso, o tempos dos semáforos foi alterado nos principais eixos para dar maior agilidade ao transporte coletivo. Ontem, a prefeitura de Porto Alegre entrou com um pedido na Justiça para que a frota mínima de ônibus em operação suba para 70% nos horários de pico, e 50% durante o resto do dia.