O treino classificatório para o GP de Mônaco acabou com o alemão Nico Rosberg na primeira posição da tabela de tempos, mas a confirmação de sua pole position só saiu mais de três horas depois. Investigado por ter escapado na Mirabeau no final da atividade, o piloto da Mercedes não recebeu punição e foi mantido na ponta do grid.

Rosberg liderou o treino classificatório com a marca de 1min15s989, com pequena vantagem para Lewis Hamilton, segundo colocado com 1min16s048. Quando já ocupava a primeira colocação do treino, o alemão saiu para uma última tentativa de volta rápida e escapou na Mirabeau, o que provocou bandeira amarela no trecho e acabou com as chances do britânico de superá-lo.

A escapada de Rosberg foi investigada pelos comissários de prova, que analisaram a telemetria do carro, as imagens de televisão e ainda conversaram com o piloto. No fim, decidiram que o alemão não teve intenção de errar a curva e consequentemente prejudicar os rivais. “Eu travei os pneus da frente e isso me tirou do traçado. Ainda estava tentando acertar, mas no último momento tive que desistir porque ia acertar a barreira de pneus”, disse Rosberg. “Claro que sinto por Lewis, não sabia onde ele estava até começar a dar ré e vê-lo. Obviamente isto não é ótimo, mas é do jeito que as coisas são”, explicou.

Hamilton não reagiu tão bem ao ocorrido. Durante a tradicional sessão de fotos com os donos dos três primeiros lugares no grid, manteve os braços atrás do próprio copro, sem abraçar. Na coletiva de imprensa, não quis falar sobre o assunto. Depois, porém, em entrevista à rádio BBC 5, demonstrou sua irritação e comparou a situação dentro da equipe Mercedes aos duelos de Senna e Prost na McLaren.