A edição carioca dos protestos programados em todo o Brasil neste 15 de maio, data escolhida a fim de igualar a série de manifestação que ocorreram na Espanha em 2011, mistura a indignação contra os grandes eventos que ocorrerão no Rio de Janeiro, em especial a Copa do Mundo, e reivindicações das mais diversas categorias. A previsão é de que professores, vigilantes e rodoviários se unam à manifestação, marcada para as 16h em frente à estação de trem e metrô Central do Brasil, no centro da cidade.

O protesto é organizado por dezenas de movimentos sociais, grupos de estudantes, sindicatos e diferentes entidades como o Comitê Popular da Copa, entre outros. Além do Rio, são esperadas ações em outras 14 cidades, entre elas a capital paulista, Brasília e Belo Horizonte. Entre as reinvindicações estão o passe livre, direito à livre manifestação, realocação das famílias removidas pelas obras da Copa e indenização às famílias dos nove mortos durante as obras, dentre outras.

Os rodoviários, que fizeram três paralisações desde a semana passada, são contrários ao acordo firmado entre as concessionárias e o sindicato da categoria que definiu aumento de 10% e R$ 140 de cesta básica e reivindicam reajuste de 40%, auxílio alimentação de R$ 400 e o fim da dupla função de motorista – em muitas linhas, eles exercem também a função de cobrador. À tarde eles se reúnem em assembleia para determinar se acompanham o protesto e mantém ou não a greve.

Professores decidem hoje se mantêm a paralisação

Em greve desde segunda-feira, os professores – que também decidem hoje se mantêm a paralisação – , reclamam que o acordo firmado com a prefeitura e o Estado ao fim da greve no ano passado não está sendo cumprido e pedem aumento salarial de 20% para todos os trabalhadores da educação das redes municipal e estadual, discussão do plano de carreira unificado, entre outras demandas. Na terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux suspendeu o acordo dos professores feito no ano passado e o governo do Estado e a prefeitura carioca se comprometeram a não cortar o ponto nem a penalizar os professores grevistas, desde que eles voltassem à atividade e repusessem as aulas.

Já os vigilantes, em greve há 21 dias, pedem 10% de aumento no salário-base, R$ 20 de tíquete-refeição por dia e plano de saúde, 30% de adicional de risco de vida e mais 30% de adicional de periculosidade – ambos em cima da remuneração fixa. Para os vigilantes que trabalharem durante a Copa do Mundo, o sindicato exige diária de R$ 180. Por causa dos protesto que, segundo os grevistas, incluem 60% da categoria, as agências bancárias da cidade têm o funcionamento restrito.

Além destas categorias, policiais civis e militares prometem protestos próximo ao mundial.