República Democrática do Congo confirma primeiros casos de ebola

Autoridades na República Democrática do Congo confirmaram neste domingo ter identificado os primeiros casos de ebola no noroeste do país. E a OMS (Organização Mundial da Saúde) está trabalhando para garantir que um funcionário internacional da entidade servindo em Serra Leoa e que contraiu ebola receba “os melhores cuidados possíveis, incluindo a opção de evacuação […]

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Autoridades na República Democrática do Congo confirmaram neste domingo ter identificado os primeiros casos de ebola no noroeste do país. E a OMS (Organização Mundial da Saúde) está trabalhando para garantir que um funcionário internacional da entidade servindo em Serra Leoa e que contraiu ebola receba “os melhores cuidados possíveis, incluindo a opção de evacuação médica para outro local de tratamento, caso necessário”, disse a agência em comunicado.

Trata-se do britânico que teve a confirmação do contágio pelo vírus divulgada no sábado (23). Ele foi transferido, neste domingo, para a Grã-Bretanha, a bordo de um avião da Força Aérea Real.
O Departamento de Saúde do Reino Unido disse em comunicado que o homem não estava gravemente doente e que tinha decidido repatriá-lo após indicação clínica.

“As medidas de proteção serão rigorosamente mantidas para minimizar o risco de transmissão para o pessoal que transporta o paciente para o Reino Unido e os profissionais de saúde que tratam o indivíduo”, disse Paul Cosford, diretor da Proteção da Saúde na Public Health England.
Após a chegada na base aérea da RAF Northolt na Grã-Bretanha, ele será transportado para uma unidade de isolamento no Royal Free Hospital, em Londres, disse o departamento.

De acordo com a nota da OMS, mesmo antes de começar o surto atual de ebola, após anos de conflito, a área da África Ocidental mais afetada pela doença vinha sofrendo com um sistema de saúde enfraquecido e fragilizado pela carência de profissionais qualificados.

“É necessário um forte reforço internacional de profissionais de saúde para complementar a carga de trabalho dos funcionários locais em resposta ao presente surto”, diz o comunicado.

Desde o começo da resposta internacional ao surto, em março de 2014, a OMS já enviou para a região quase 400 pessoas de toda a organização e de parceiros na Global Outbreak Alert e na Response Network (GOARN), em resposta à doença na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.

Os casos confirmados na República Democrática do Congo são os primeiros em um país fora da África Ocidental desde o início da atual fase da moléstia, muito embora ainda não esteja claro que os casos na RDC estejam diretamente ligados ao surto original em andamento.

Desde 11 de julho, 13 pessoas morreram no país vitimadas por uma febre hemorrágica não identificada na província de Équateur, cuja capital é Mbandaka. Até que, neste domingo, o ministro da saúde Felix Kabange Numbi disse que oito das vítimas da tal febre foram testadas positivas com ebola, segundo a “AFP”.

A província de Équateur na RDC faz fronteira a oeste com o país vizinho Congo; ao norte, com as províncias de Sud-Ubangi e Mongala; a leste com a província de Tshuapa e ao sul com a província de Mai-Ndombe.

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