O presidente de Cuba, Raúl Castro, defendeu hoje (28) que os países da América Latina e Caribe devem ser “soberanos” na prerrogativa de exploração de seus recursos naturais, e que essa soberania deve ser a “principal ferramenta” para superar a pobreza e a desigualdade na região.

De acordo com o dirigente, a região tem reservas minerais e outros recursos não renováveis importantes, como água doce, além de terras cultiváveis e bosques naturais. “Essas riquezas devem ser convertidas no principal motor para a eliminação da pobreza e desigualdade”, disse Castro, em seu discurso na abertura da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), iniciada nesta terça-feira, em Havana, capital cubana.

Castro defendeu que o capital natural da região deve ser “convertido em capital humano” e em uma infraestrutura econômica que contribua com um processo de desenvolvimento verdadeiro. Para o presidente cubano, houve avanços no combate às desigualdades, mas de forma lenta, fragmentada e não sustentada.

Fiel ao discurso socialista, ele defendeu que as nações latino-americanas e caribenhas reforcem a busca por maior distribuição de riquezas e acesso a uma melhor saúde e educação. “Melhores salários, erradicação do analfabetismo e segurança alimentar devem ser perseguidos”, pontuou.

Em seu discurso inaugural, Castro também homenageou o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, falecido há quase 11 meses. “Ele foi um fervoroso e incansável promotor e lutador em prol da independência, cooperação, solidariedade e integração latino-americana e caribenha”, destacou.