O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, anunciou que, em vista da difícil situação econômica do país, cortará seu salário pela metade e doará metade de seus bens ao Estado.

“Doarei ao Estado metade de meu salário, assim como a metade da fortuna que herdei de minha família”, declarou Sisi durante uma cerimônia militar.

Na ocasião, o presidente destacou o grande deficit do balanço do Estado. “Não há dinheiro e são necessários grandes sacrifícios para superar a crise econômica que assola o país”, afirmou Sisi.

O presidente também relembrou a ajuda econômica de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões) vinda da Arábia Saudita, além de US$ 7 bilhões (cerca de R$15 bilhões) recebidos do Kuwait e dos Emirados Árabes Unidos, mas deixou claro que “não se pode contar sempre com os irmãos árabes que nos ajudaram até agora”.

O anúncio da redução do salário parece fazer parte de uma campanha planejada para preparar a população para as reduções das despesas públicas, incluindo os subsídios destinados para reduzir os preços da energia.

O deficit público do Egito, até o fim deste ano fiscal, deverá ser de 11,5%, uma melhora em relação aos 13,7% do ano precedente, mas o índice é graças à ajuda recebida do Golfo.