Postos de saúde lotados e sem macas usam ambulâncias como ‘enfermarias improvisadas’

Apenas um posto de saúde, no Tiradentes, ainda está recebendo pacientes em Campo Grande. Nas demais unidades, faltam até macas para acomodar quem chega e viaturas do Samu ficam retidas.

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Apenas um posto de saúde, no Tiradentes, ainda está recebendo pacientes em Campo Grande. Nas demais unidades, faltam até macas para acomodar quem chega e viaturas do Samu ficam retidas.

Pacientes reclamam das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande lotadas  nesta sexta-feira (8) e, em muitos casos, não há sequer macas para receber quem chega precisando de atendimento. Ambulâncias estariam ficando retidas na frente das unidades e servido de ‘enfermaria improvisada’.

Com a situação, viaturas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estariam ficando com o tempo de atendimento comprometido. A Prefeitura confirma o estado de gravidade, mas garante que medidas já foram tomadas para resolver a situação.

De acordo com denunciante que prefere não se identificar, também não há viaturas e nem equipes de atendimento. Segundo ele, existem dois motivos para essa situação. “Pela minha experiência, isso se dá porque ontem foi pagamento de salários e, quando isso ocorre, os acidentes aumentam pois as pessoas saem mais de casa. Outra hipótese seria a falta de investimentos por parte do poder público. Tem que comprar mais macas e carros”.

Segundo apurou a reportagem, a UPA do Bairro Tiradentes é a única que está recebendo novos acidentados. Por outro lado, de acordo com o coordenador Municipal das UPAs, Paulo Tognini, não há um motivo para essa demanda ter aumentado tanto de um dia para outro. “Isso é momentâneo e logo estará resolvido”, analisa.

Quanto à retenção das equipes de socorro, a Lei Municipal 5.170 proíbe que pessoas que trabalham no resgate de pacientes, bem como equipamentos de resgate ficam retidos e parados em um hospital.

Quanto a essa proibição, Tognini confirma que essa retenção de equipes está acontecendo, porém, justifica essa conduta com o princípio da dignidade humana. “Não podemos deixar uma pessoa doente ficar deitada no chão, por isso temos de dar o mínimo de dignidade para eles”, conclui.

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