Pestalozzi está sem dinheiro e aguarda liberação de recursos do Fundeb pelo governo

A presidente da Associação Pestalozzi de Campo Grande, Gizelle Tannous, afirmou que a instituição poderá fechar as portas se o governo do Estado não repassar os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).“Até o mês passado conseguimos pagar os funcionários com uma reserva e […]

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A presidente da Associação Pestalozzi de Campo Grande, Gizelle Tannous, afirmou que a instituição poderá fechar as portas se o governo do Estado não repassar os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
“Até o mês passado conseguimos pagar os funcionários com uma reserva e colaboração da sociedade. Mas estamos zerados e esperando para pagar os funcionários este mês, se não corremos o risco de fechar as portas”, afirmou a presidente da instituição.

Sem conseguir uma resposta do governo do Estado, Gyselle procurou o deputado Pedro Kemp (PT) que usou a tribuna nesta quarta-feira (9) para pedir a colaboração dos colegas para resolver o problema.

“Estamos em maio, as aulas começaram em fevereiro e não foi repassada nenhuma parcela do Fundeb para as instituições que cuidam de crianças com necessidades especiais”, ressaltou o petista. Conforme Kemp, o governo deve repassar quatro parcelas de R$ 45,6 mil para a Pestalozzi.

Mas com o prazo curto, Gyselle diz acreditar ser difícil cumprir o compromisso já que por ser ano eleitoral, os repasses estaduais só podem ser feitos até julho. “Fica difícil cumprir os repasses de um ano em dois meses”, reclamou.

Kemp até sugeriu das instituições fazerem uma manifestação em frente à governadoria. “Se fecharem as portas, as instituições poderia fazer um protesto com as crianças com deficiência em frente à governadoria e até entregar para o governo cuidar”, pontuou.

A Associação Pestalozzi é uma das instituições que cuida de crianças com necessidades especiais. Além dela existem outras na mesma situação, segundo Kemp.

O deputado Júnior Mochi (PMDB), líder do governo na Assembleia Legislativa disse que já tem mais de R$ 6 milhões para serem repassados às instituições e que estão autorizados desde o fim de fevereiro. “Ainda não foi liberado porque tem que respeitar a Lei da Licitação e as instituições apresentarem os documentos”, defendeu.

O também peemedebista Eduardo Rocha disse ainda que o problema é burocrático. “Os convênios já estão sendo feitos. Não vai precisar fazer fila com cadeirantes”, respondeu ao petista.

Gyselle explicou que o custo da associação mensal é de cerca de R$ 60 a 70 mil e que sem a contrapartida do Estado não consegue sobreviver. “O governador tinha dito que precisava descobrir o valor do Fundeb estadual, e diminuiu este ano porque depende da arrecadação estadual”, completou.

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