Parlamentares oposicionistas já apresentaram 25 requerimentos para convocação de envolvidos na denúncia de vazamento de informações na CPI da Petrobras no Senado. Os pedidos foram apresentados na CPI Mista, que também investiga irregularidades na estatal, mas funciona com a participação de deputados, além dos senadores.

Entre os convocados, estão a presidente atual da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente Sérgio Gabrielli e o ex-diretor Nestor Cerveró, acusados pela revista Veja de terem recebido antecipadamente um roteiro de perguntas que lhe seriam feitas pelo relator José Pimentel (PT-CE).

O Líder do SD na Câmara, deputado Fernando Francischini (PR), quer explicações também do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), citado na reportagem como sendo responsável por levar as perguntas a Nestor Cerveró. Em nota, o parlamentar se defendeu, dizendo que rejeita “com grande indignação” as acusações. Delcídio, que é candidato ao governo do Mato Grosso do Sul, também ressaltou que, por conta das eleições, não integra nenhuma das duas CPIs e vem acompanhando os trabalhos das comissões, à distância e superficialmente, pela imprensa.

Outras pessoas citadas na reportagem com pedidos de convocação já apresentados e pendentes de votação são Bruno Ferreira, advogado da Petrobras;  Marco Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado; José Eduardo Dutra, ex-presidente e atual diretor da Petrobras;

Carlos Hetzel, secretário parlamentar da liderança do PT no Senado; Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; José Eduardo Sobral Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília; Leonan Calderaro Filho, integrante da área jurídica da Petrobras, e Luiz Azevedo, secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais do Planalto.

A próxima reunião da CPI Mista está marcada para quarta-feira (13), para oitiva do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, autor do documento que serviu de base para que o Conselho Administrativo da empresa aprovasse a compra da refinaria de Pasadena (EUA), negócio que deu prejuízo à estatal brasileira. Cerveró já esteve na CPI exclusiva do Senado e negou as acusações de que teria agido de má-fé na negociação.