Operação comprova que PCC determina crimes fora do presídio para sustentar facção

A Operação “Operação Pacto Contra o Crime” realizada desde a madrugada desta quinta-feira (15), pela Polícia Civil com apoio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), comprovou que a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) determina crimes executados fora do presídio para financiar a própria facção. Entre os principais crimes cometid…

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A Operação “Operação Pacto Contra o Crime” realizada desde a madrugada desta quinta-feira (15), pela Polícia Civil com apoio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), comprovou que a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) determina crimes executados fora do presídio para financiar a própria facção. Entre os principais crimes cometidos pelos integrantes da facção estão o tráfico de drogas, porte de arma e homicídios. Ao todo, foram identificados 100 integrantes da facção criminosa no Estado.

De acordo com o delegado João Eduardo Santana Davanço, da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), as investigações começaram em junho do ano passado com a notícia que a organização criminosa continuava atuando dentro dos presídios do Estado. Foram realizadas diligências com o objetivo de identificar e desarticular e prender e responsabilizar os integrantes da facção criminosa. “Ficou comprovado que há uma organização criminosa que se sustenta a partir de crimes cometidos do lado de fora”, afirmou o delegado.

Entre os fatores que contribuíram para as prisões, Davanço cita a lei 12850, de 2013, que combate os crimes organizados e prevê pena de três a oito anos de prisão, além da pena para o crime que é cometido. Foi traçada a as funções dos PCC em MS e distribuição de tarefas. “Os que estão presos determinam ordens aos que estão em liberdade”.

Entre os crimes praticados do lado de fora dos presídios, a polícia apurou a participação de mulheres de presos. Conforme apurado pela polícia, elas atuam no tráfico e planejando roubos.

A operação foi classificada como um grande êxito, pelo delegado responsável. Cinco pessoas foram presas em flagrante durante a operação por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte de arma. Sobre o valor movimentado pela organização, a Polícia Civil preferiu não dar números, pois é objeto de outra investigação.

O delegado classifica que em Mato Grosso do Sul, as ações da organização criminosa estão sendo constantemente monitoradas e que as forças de segurança, já possuem um vasto conhecimento sobre a forma de atuação dos criminosos. “As ações feitas com os serviços de  inteligência visam o enfrentamento, o isolamento e a neutralização dos membros da facção”

Homicídios

Entre os crimes que foram cometidos a mando da facção criminosa, estão dois homicídios em Campo Grande. Conforme o delegado, eles foram cometidos contra membros da facção como forma de punição.

Balanço

Foram expedidos 85 mandados de prisão preventiva. Foram cumpridos dois mandados de prisão em Mundo Novo, 25 na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, dois no Instituto Penal, dois no Presídio de Trânsito, dois no Presídio Federal, dez no presídio Harry Amorin Costa (Dourados), um em Três Lagoas, um em Corumbá, um em Fátima do Sul e um em Dois Irmãos do Buriti.

Sobre os que já estão presos em estabelecimentos penais, o delegado explica que os mandados impedem qualquer possibilidade de progressão de pena e mantém os criminosos presos. As prisões preventivas tem validade de dez dias, tempo para finalização do inquérito policial.

Conforme a Polícia Civil, pelo menos cinco pessoas foram identificadas como líderes, foram  isolados e a serão transferidos para estabelecimento penais federais.

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