O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou a violência na Venezuela como “inaceitável”. O mandatário, que está no México, também comentou a expulsão de três diplomatas norte-americanos do país. “A Venezuela está querendo desviar suas próprias falhas com acusações”, afirmou Obama. “O governo deveria se concentrar para atender as reivindicações legítimas dos venezuelanos”, completou.

Obama também convidou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao diálogo e pediu a liberação das pessoas presas durantes as manifestações anti-governo nos últimos dias. Mortes Maduro comentou a morte da miss venezuelana Génesis Carmona, atingida na cabeça durante os protestos realizados nos últimos dias no país. “Eu sinto muito que esta garota, que tinha todo o futuro pela frente, tenha sido vítima desta violência”, afirmou.

Em transmissão televisiva, o presidente insinuou que Carmona foi morta por “grupos violentos de ultra direita”. A jovem de 21 anos estudava Ciências Sociais e trabalhava como modelo. Ela foi eleita no ano passado Miss Turismo de Carabobo. No local do ataque ao menos outras 7 pessoas ficaram feridas. Maduro também comentou a morte de outro manifestante de oposição, o jovem de 17 anos José Mendez, atropelado por um caminhão da empresa estatal de petróleo Pdvsa. “Um cidadão se sentiu agredido, pisou no acelerador e então…”, disse Maduro.

Com sua afirmação, o presidente corroborou a tese da procuradora geral, Luisa Ortega Diaz, de que a morte de Mendez tenha sido um “incidente” cometido por uma “pessoa que procurava fugir de uma situação na qual sua vida estava em perigo”. Há semanas, opositores ao governo de Nicolás Maduro estão saindo às ruas para protestar. Na última terça-feira, 18, diversas manifestações ocorreram simultaneamente em todo o país, contra e a favor do regime atual.

Diante da escalada de tensão, Maduro acusou países como Estados Unidos, Colômbia e Chile de interferência nos assuntos internos venezuelanos e de apoio à oposição.