Nível de reservatório cai novamente e aumenta recorde negativo em SP
O forte calor e a falta de chuva em São Paulo continuam prejudicando o abastecimento de água na Região Metropolitana. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível do reservatório do Sistema Cantareira estava em 19,4% nesta terça-feira, descendo 0,2% em relação à medição feita ontem. Não há registros […]
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O forte calor e a falta de chuva em São Paulo continuam prejudicando o abastecimento de água na Região Metropolitana. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível do reservatório do Sistema Cantareira estava em 19,4% nesta terça-feira, descendo 0,2% em relação à medição feita ontem. Não há registros de outra escassez tão grande como a registrada hoje desde a criação do reservatório, em 1974.
Segundo a Sabesp, uma série de fatores climáticos fez com que o principal sistema de abastecimento da Grande São Paulo registrasse esse nível preocupante. Para se ter uma ideia, no final de janeiro de 2011, o nível era de 94,3%; em 2012 era de 74,8% e em 2013, 52,3%. A falta de chuvas afeta principalmente o Cantareira, mas ocorre também nos outros sistemas que estocam água para a Grande São Paulo.
Segundo a Climatempo, deve chover até o dia 25 de fevereiro, de acordo com as simulações atmosféricas feitas por supercomputadores.
Racionamento
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou neste domingo que um racionamento de água esteja sendo avaliado, apesar do baixo nível dos reservatórios. “Neste momento não haverá racionamento”, afirmou o governador aos jornalistas durante uma visita à cidade Taubaté, a 123 quilômetros da capital.
Mas, segundo alguns veículos da imprensa, várias cidades do interior do Estado sofrem há vários dias uma política de racionamento de água por causa dos poucos recursos provocado pela estiagem. A Sabesp informou que as próximas chuvas são esperadas em 15 dias.
Pouca chuva
O ano de 2013 registrou apenas 1.090 milímetros de chuva nas quatro represas que formam o Sistema Cantareira. A média histórica anual é de 1.566 milímetros. Ou seja, não choveu nem 70% do esperado. Em nove dos 12 meses a precipitação foi inferior ao que deveria, segundo a Sabesp.
A escassez no mês de dezembro complicou ainda mais a situação, já que o mês teve 62 milímetros de chuva, quando a média histórica é de 226 milímetros. Foi o pior mês de dezembro desde que a medição começou a ser feita, há 84 anos. O problema prosseguiu em janeiro, que acumulou pouca chuva em seus 31 dias.
Outro fator preocupante é o fato de as temperaturas estarem 5% acima da média histórica e, como não chove, o consumo de água acaba se mantendo em nível elevado o dia todo.
Incentivo econômico
Para reduzir o consumo de água, a Sabesp adotou um incentivo econômico com grande impacto na conta. Terá direito ao bônus o cliente que reduzir em pelo menos 20% o consumo médio de um período de 12 meses: de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Para esses consumidores, haverá desconto de 30% na conta.
A medida vale para residências, comércios e indústrias abastecidos pelo Sistema Cantareira: toda a zona norte e o centro de São Paulo, parte das zonas leste e oeste da capital, Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba. Em Guarulhos e São Caetano do Sul, também atendidos pelo Cantareira, a distribuição é responsabilidade das prefeituras, que compram água da Sabesp.
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