Basta uma passada pelas ruas do centro de Campo Grande e também por alguns bairros antigos como o Taquarussu, para o nome de alguns prédios chamarem a atenção. Todos começam por Ana. Angélica, Carolina, Clara, Cláudia, Cristina, Eliza, Elizabeth, Karina, Paula, Priscila, Regina e Rosa nasceram entre 1980 e 1988 e até hoje fazem parte das lembranças de Carlos Alberto Rodrigues, ex-proprietário da Construtora Santa Clara, que construiu cada um dos edifícios, e também o bairro com nome de Ana na Capital.

Paranaense, ele conta que veio para Mato Grosso do Sul em 1976 para montar a Construtora Santa Clara junto com um amigo. Quando foi 1980 começou a entregar os edifícios Anas.

Um dos primeiros a serem construídos, lembra Carlos Alberto, foi o Ana Cristina, uma homenagem a sua filha mais velha. A sorte foi tanta que ele seguiu homenageando as Anas de sua vida. “Um dos primeiros que construí foi o Ana Cristina, que está localizado na Rua 15 de Novembro quase esquina com a José Antônio. É o nome da minha filha mais velha. Assim que construí vendi todos os apartamentos e em seguida comecei a erguer outros prédios. O Ana Priscila é para homenagear a minha filha mais nova. Assim como o Ana Elizabeth homenageava a minha nora e a minha esposa, ambas têm o mesmo nome”, conta.

Ai comecei a homenagear as sobrinhas, e assim veio o Ana Paula, por exemplo”, cita. E o sucesso dos Anas se repetia a cada entrega. Carlos Alberto lembra que antes mesmo de terminar de erguer os prédios muitos já estavam com todos os apartamentos vendidos.

Sem mais Anas na família, ele e os funcionários da construtora bolaram uma brincadeira. Fizeram uma caixa e cada funcionário depositava um nome, sempre começado com Ana e assim nasceram Ana Angélica, Ana Carolina, Ana Clara, Ana Cláudia, Ana Eliza, Ana Karina, Ana Priscila, Ana Regina e Ana Rosa.

Saudoso, Carlos Alberto lembra que a brincadeira movimentava os funcionários. “Até em Cuiabá tem Ana, é o Ana Terra. E em Rondonópolis o Ana Carolina”, diz.

Quando foi o inicio dos anos 90, ele deixou as Anas para trás, e passou a dar nomes aos prédios sugeridos pelos clientes. “Sempre tive hábito de fazer contato com os clientes e até hoje encontro muitos na rua. Tem gente que se lembra de mim e diz eu moro lá no Ana, e eu digo, fui que eu construí”, diz.

Sem preferências, Carlos Alberta finaliza dizendo que ama todas as Anas e que até hoje sente orgulho quando encontra um cliente ainda daquela época que o reconhece e elogia a construção.

(Colaborou Janine Gonzalez)