O Ministério Público do Rio de Janeiro ingressou com ação civil pública pedindo suspensão de três anos à torcida Força Jovem, principal organizada do Vasco, após a briga generalizada na Arena Joinville, em dezembro do ano passado, na última rodada do Campeonato Brasileiro. Outros confrontos da torcida também são citados no inquérito como justificativa ao pedido de proibição do grupo.

O processo movido pelo promotor Paulo José Andrade de Araújo Sally no dia 17 de dezembro tem a primeira audiência marcada para a próxima sexta-feira, um dia antes da estreia do clube Cruzmaltino no Campeonato Carioca. A informação foi divulgada pela primeira vez no jornal Extra.

Uma primeira liminar suspendendo a Força Jovem foi negada pela 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na decisão do magistrado, ele ressaltou que o período sem jogos tornava desnecessária a proibição da torcida, uma vez que não havia evento esportivo. O promotor Paulo José Andrade argumenta que a Força Jovem tem histórico de brigas em estádios e que a audiência foi marcada de maneira tardia.

“É pelo histórico violento. Tivemos a briga com a torcida do Corinthians em Brasília, no estádio Mané Garrincha, a morte de um torcedor do Flamengo no início do ano. São quatro volumes de inquérito com fatos que reforçam a necessidade de suspender a Força Jovem”, disse Andrade, que completou.

“O Campeonato Carioca começa um dia após a audiência. Se tivermos decisão favorável, o período para informar os torcedores e o Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) será muito curto”.