Convocado para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre contratos de ONGs com a sua pasta, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que poderiam investigar a sua vida, mas não iriam “encontrar nada”.

“Eu não tenho processo nenhum, eu não estou sendo investigado pela Comissão de Ética, não tenho nenhum processo, nunca tive na minha nesses 50 anos de militâncias politica e ideológica”, disse, com a voz embargada. Ao seu lado, estava o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que o amparou com um tapinha nas costas.

O Ministério Público Federal investiga a suspeita de que uma entidade financiada pelo ministério pagava militantes do PDT de Santa Catarina sem nunca terem trabalho para a ONG. O esquema teria sido montado em 2008 por Dias, que na época presidia o diretório catarinense e era secretário-geral da sigla.

A Polícia Federal em Santa Catarina diz ter encontrado indícios da participação de Dias e pediu a abertura de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigá-lo.

“Nenhuma das acusações foi na minha gestão, nenhum dos fatos relatados ocorreu na minha gestão”, afirmou Dias. “Apenas uma pessoa se refere ao meu nome”, acrescentou.