MH370: Buscas são limitadas a área do tamanho de Sergipe

Equipes de resgate estão se concentrando em uma área do tamanho do Sergipe nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines, após terem sido captados, no início da semana, novos sinais de áudio que poderiam ser da caixa-preta da aeronave. As buscas da quinta-feira deveriam envolver até 14 porta-aviões e 13 navios, segundo informações da […]

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Equipes de resgate estão se concentrando em uma área do tamanho do Sergipe nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines, após terem sido captados, no início da semana, novos sinais de áudio que poderiam ser da caixa-preta da aeronave.

As buscas da quinta-feira deveriam envolver até 14 porta-aviões e 13 navios, segundo informações da agência que coordena as buscas pela aeronave desaparecida no dia 8 de março.

As operações se concentrarão em uma área de 22 mil km quadrados – a menor área de buscas já realizadas desde o início das operações de procura pelo avião MH370.

Na quarta-feira, Angus Houston, que chefia o Centro de Coordenação da Agência Conjunta (JACC, na sigla em inglês), órgão criado pela Austrália para coordenar a comunicação entre os diferentes países envolvidos nos trabalhos de busca, disse acreditar que as equipes estavam procurando “na área certa”.

“Estou agora otimista de que iremos encontrar a aeronave, ou o que resta da aeronave, em um futuro não muito distante”, afirmou Houston.

A aeronave desaparecida transportava 239 pessoas e o voo ia de Kuala Lumpur, na Malásia, para a capital da China, Pequim, quando perdeu contato com os controladores de tráfego aéreo.

Autoridades malaias acreditam que, baseado em informações satelitais, o voo teria encerrado sua viagem no Oceano Índico, a milhares de quilômetros de seu trajeto inicial.

As buscas realizadas por uma equipe multinacional estão sendo conduzidas a partir de uma região ao oeste da cidade australiana de Perth. Os times de resgate procuram tanto possíveis detritos como sinais provenientes da caixa-preta do avião.

Até o momento, uma embarcação australiana, o Ocean Shield, captou quatro sinais acústicos vindos de uma mesma área ampla. Os sinais foram recebidos fazendo uso de um localizador de ”pings” – como são conhecidos os sinais de dados gerados por caixas-pretas de aviões – da Marinha americana.

Dois sinais foram registrados no final de semana e outros dois na terça-feira.

Análises realizadas por especialistas dos dois primeiros sinais descobriram que eles vieram de equipamentos eletrônicos semelhantes ao de um registro de voo.

Um avião da Força Aérea Australiana vem lançando no mar boias equipadas com dispositivos auditivos hidrofônicos para ajudá-las a captar sinais.

As baterias na caixa-preta da aeronave tem um mês de duração. Portanto, as equipes precisam trabalhar rapidamente para rastrear os sinais auditivos antes de eles pararem de ser transmitidos.

“Parece que os sinais recentes foram mais fracos do que os registrados antes. E isso provavelmente significa que ou estamos distantes dele ou que – mais provável, a meu ver – as baterias estão começando a arriar. Portanto, precisamos, como se diz, na Austrália, fazer feno enquanto o sol ainda brilha”, afirmou Angus Houston.

Autoridades da equipe de coordenação querem obter o máximo possível de dados dos sinais acústicos antes de enviar um microssubmarino não tripulado, o Bluefin 21, para realizar buscas no fundo do oceano.

As buscas desta quinta-feira por detritos que estariam flutuando se concentrarão a oeste do local em que sinais foram ouvidos, a cerca de 2.280 quilômetros a noroeste de Perth, segundo a equipe de resgate internacional.

De acordo com um comunicado divulgado pela agência coordenada de resgate nesta quinta, “aeronaves e navios registraram um número grande de objetos durante as operações de resgate de ontem, mas apenas um pequeno número pôde ser recuperado. Nenhum dos itens encontrados teria ligação com o MH370.”

Investigadores ainda não sabem determinar por que o MH370 se desviou tanto de seu trajeto, desaparecendo sobre Mar do Sul da China entre a Malásia e o Vietnã.

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