O governo da Malásia pediu nesta quinta-feira cautela diante da descoberta de possíveis destroços do avião da Malaysian Airlines que desapareceu em 8 de março, embora tenha classificado a observação de dois objetos no Oceano Índico de “pista verossímil”.

O ministro de Defesa e interino de Transportes, Hishamudin Hussein, disse em entrevista coletiva em Sepang que é preciso se “corroborar e verificar” a informação para não dar “falsas esperanças” às famílias.

Hussein afirmou que quatro aeronaves se dirigem para a área onde as autoridades australianas encontraram a partir de imagens de satélite dois objetos, a cerca de 2.500 quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth.

As autoridades malaias explicaram que, mesmo que se trate de restos do avião, não sabem quanto tempo demorariam para encontrar a caixa-preta do aparelho, que contém a informação necessária para explicar o ocorrido.

Segundo o ministro de Defesa, se os destroços avistados pertencerem ao MH370, serão consultados os investigadores do voo da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009, devido às condições similares do mar.

Hussein disse que as autoridades estão fazendo todo o possível para informar as famílias dos passageiros, mas, no entanto, “a informação que mais desejam saber não a temos: a localização do MH3790”, afirmou.

O avião Boeing 77-200 desapareceu do radar 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo, entre elas 154 cidadãos chineses, quando se desviou de sua rota, que iria para Pequim.

Uma equipe internacional procura o aparelho desaparecido em dois corredores, um ao norte e outro ao sul do ponto onde os radares o situaram pela última vez, uma ampla operação que inclui regiões desde a Ásia Central até o oceano Índico.