O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos condenou um ataque aéreo que matou mais de 20 pessoas no Iêmen.

Em nota, o porta-voz Rupert Colville disse que o ataque ocorreu no último dia 27 em Al-Dhalai. As vítimas participavam de um cortejo fúnebre no sul do país. Pelo menos 30 pessoas ficaram feridas incluindo crianças e familiares enlutados.

Comissão de Inquérito

O presidente do Iêmen, Abdrabuh Mansour Hadi autorizou a formação de uma comissão de inquérito.

A ONU elogiou a decisão do presidente. O porta-voz do Alto Comissariado disse a jornalistas que responsáveis pela área de direitos humanos conclamaram o governo iemenita a realizar uma apuração “rápida, completa e imparcial” dos fatos, além de tornar público o resultado do inquérito.

O Iêmen, no sudoeste da Ásia, está atravessando um período de transição democrática com um governo de união nacional. O novo regime começou em fevereiro de 2012 após protestos que levaram à renúncia do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.

Ataques

Um dia antes do ataque aéreo, especialistas de direitos humanos independentes expressaram preocupação com os ataques com aeronaves não-tripuladas, conhecidas como drones, no Iêmen.

No último dia 12, 16 civis foram mortos e 10 ficaram feridos em duas cerimônias separadas de casamento. O Alto Comissariado das Nações Unidas acredita que as vítimas teriam sido confundidas com integrantes da Al-Qaeda.