Maior resistência de superbactérias a antibióticos ameaça população mundial

A resistência das bactérias aos antibióticos é hoje o maior perigo à saúde pública e ameaça a população de todos os países. As superbactérias são uma ameaça ao nosso futuro e em breve podemos voltar a morrer de infecções comuns. É o que mostra um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde. A OMS analisou […]

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A resistência das bactérias aos antibióticos é hoje o maior perigo à saúde pública e ameaça a população de todos os países.

As superbactérias são uma ameaça ao nosso futuro e em breve podemos voltar a morrer de infecções comuns. É o que mostra um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde. A OMS analisou dados de 114 países e concluiu que o uso indiscriminado de antibióticos tem aumentado rapidamente a resistência das bactérias no mundo todo.

No caso da escherichia coli, por exemplo, responsável pelas infecções urinárias, na década de 80 todos os casos eram curados com antibiótico. Hoje em muitos países apenas metade dos pacientes que tem essa infecção consegue se curar. O relatório também mencionou taxas altas de resistência de bactérias que causam pneumonia e gonorreia.

“Estamos voltando para a época em que não existiam antibióticos, para o século XIX, quando as pessoas morriam de infecção urinária ou do pulmão. É isso que vai acontecer”, diz um microbiologista.

O que fazer para reverter esse cenário assustador? Além de investir em pesquisas para descobrir antibióticos mais potentes, segundo a Organização Mundial da Saúde é preciso uma ação coordenada para evitar o abuso do uso desses medicamentos no mundo todo. Os governos também têm que aumentar o acesso da população à água limpa e à higiene. Tudo isso pode ajudar a diminuir os casos de infecções e, dessa maneira, o uso de antibióticos.

E é preciso agir rápido, diz o diretor assistente da Organização Mundial da Saúde. “Ninguém está livre de contrair uma superbactéria. Todos nós, nossa família, todas as pessoas nesta sala, nossos amigos, quando estivermos mais vulneráveis e precisarmos desses medicamentos há a possibilidade de que eles não funcionem mais”, afirma.

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