“Irmãos” que mataram caseiro a enxadada são condenados a 18 e 13 anos de prisão

Foram condenados a 18 e 13 anos de prisão, respectivamente, os irmãos Jairo Prado Marin, de 33 anos, e Leda Barbosa Loredo, de 38 anos. Eles foram levados a julgamento pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (23), pelo crime de homicídio doloso, com intenção de morte, qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa do caseiro Ademir Gonçalves, de 48 anos, em 2012. A decisão é do juiz substituto Idail De Toni Filho.

O Defensor Público, Ronald Calixto Nunes, sustentou para Leda a tese de defesa, negando a autoria do crime, alegando legítima defesa e exclusão das qualificadoras. Já para Jairo,o promotor  sustentou a negativa de autoria e uma participação de menor importância e exclusão das qualificadoras e quanto ao delito de furto em relação a Jairo a absolvição por ausência de prova .

O Conselho de Sentença condenou os réus Jairo e Leda no homicídio qualificado pelo motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima e condenou Jairo no crime de furto.

Conforme a sentença condenatória, Jairo não confessou e registra duas condenações com trânsito em julgado, sendo uma num homicídio e um delito relativo à lei de drogas, logo uma será avaliada como maus antecedentes. Já Leda não confessou, mas é primária. Jairo foi condenado à pena de 18 anos, um ano e 20 dias de reclusão. Já Leda, foi condenada a 13 anos e 6 meses de prisão.

Crime

Foi apurado no processo que Leda teria um relacionamento com a vítima, considerado extraconjugal, pois Ademir era casado e o local onde morreu seria o trabalho. Além disso, a mulher mantinha relação com outras pessoas, em troca de dinheiro.

Foi descoberto que, Leda estava acompanhada de Ademir em um bar nas proximidades do Parque dos Poderes, região nordeste de Campo Grande, durante a tarde e início da noite do dia 25 de novembro de 2012. Ao escurecer, ela o acompanhou até a casa dele,  com Jairo, para continuarem a beber.

No local, o caseiro teria dado em cima da suspeita, que pegou uma enxada e desferiu um golpe na garganta da vítima. Em seguida, Jairo pegou outra enxada e golpeou a cabeça de Ademir por diversas vezes.