Inri Cristo posta foto na urna e reclama de voto obrigatório

Ele se diz filho de Deus e é uma das celebridades mais conhecidas do Brasil. Inri Cristo não poderia deixar de aparecer durante o pleito deste final de semana e fez um discurso político sobre o processo eleitoral e a democracia no Brasil. A declaração foi dada em sua página oficial do Facebook, acompanhada de […]

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Ele se diz filho de Deus e é uma das celebridades mais conhecidas do Brasil. Inri Cristo não poderia deixar de aparecer durante o pleito deste final de semana e fez um discurso político sobre o processo eleitoral e a democracia no Brasil. A declaração foi dada em sua página oficial do Facebook, acompanhada de uma foto do “Filho do Pai” votando.

Sem revelar suas preferências políticas, Inri se disse contrário ao voto obrigatório e lamentou a “democracia não ortodoxa do Brasil”.

“Após viver quase vinte anos como apátrida na Terra de Santa Cruz que vós chamais Brasil, agora me é facultado cumprir o dever cívico na condição de eleitor. Não voto meramente num candidato, e sim na coerência, nas ideias que considero mais sensatas. (…) Tão somente lamento a democracia não ser ortodoxa no Brasil, ao contrário o voto seria facultativo. Na pseudodemocracia, muitas vezes o eleitor vota em quem não confia ou vota em branco apenas por ser obrigado a comparecer às urnas”, disse Inri.

A opinião do eleitor ilustre é uma das vertentes muitas vezes pouco debatidas no Brasil. A obrigatoriedade do voto não costuma vir à tona durante as disputas eleitorais e a ideia não é discutida nos debates. O voto facultativo é realidade em algumas das principais democracias do mundo, como os Estados Unidos, Alemanha e França.

Em julho deste ano, o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu em plenário o fim do voto obrigatório. “Penso que está na hora de acabar com a ilusão de que o voto obrigatório gere cidadãos politicamente evoluídos. É uma falácia. O caminho para isso é a educação formal de qualidade. Uma massa de eleitores desinformados que vende o voto porque é obrigado a votar diminui a legitimidade do sistema”, argumentou o senador.

O fim do voto obrigatório não é muito popular entre os partidos políticos e poucos projetos com esta finalidade foram levados ao debate no Congresso.

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