O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, falou publicamente na terça-feira sobre uma crise de incontinência que sofreu durante um evento de sua campanha de reeleição à presidência, realizado no final de semana.

Santos, de 62 anos, é candidato à reeleição no pleito marcado para 25 de maio deste ano.

Um vídeo e fotos mostrando o mandatário da Colômbia com as calças úmidas na região da virilha foram amplamente divulgadas pelas redes sociais e muitos comentaram que a crise de incontinência indicariam que ele não teria condições de governar por mais um mandato.

Em seu pronunciamento, Santos comentou que o que ocorreu foi um “acidente de incontinência, produto de uma operação que fiz há um ano e meio”, em menção a uma cirurgia a que se submeteu para retirar um câncer de próstata.

Ataque ‘sem misericórdia’

O líder colombiano acrescentou que seus adversários utilizaram um “desafortunado episódio recente” para atacar, “sem misericórdia, minha imagem como pessoa e minha dignidade como presidente”.

De acordo com Santos, “começou a circular na Internet um vídeo que torna evidente o que se que passou, com comentários não apenas ofensivos, mas, muitas vezes, cruéis, diante de um tipo de câncer que pode afetar qualquer ser humano”

As declarações de Santos foram feitas ao lado de sua família e do diretor da Fundação Santa Fé, de Bogotá, onde se tratou.

O presidente disse ainda que “qualquer paciente que tenha sofrido uma intervenção assim, compreeende essa situação”.

“Fazia muito tempo que isso não acontecia comigo, e meu médico disse que isso é perfeitamente normal e que meu processo de recuperação vai bem. Apenas ocorreu esse episódio, que claramente foi muito incômodo para mim e para minha família”.

O líder colombiano afirmou ter plenas capacidades para governar por mais quatro anos, ao se referir ao episódio.

“Agora insinuam que estou mal de saúde e que por conseguinte não estou preparado para ocupar a presidência por mais quatro anos. Quero deixar claro que isso não é correto. Meu estado de saúde é ótimo. O que ocorreu foi uma sequela inofensiva de uma cirurgia.”