Guarda Municipal perde ‘guerra’ para pichadores e até posto de saúde é vandalizado

Mesmo com a presença de agentes da Guarda Municipal na maioria dos locais públicos de Campo Grande (MS), unidades de saúde, escolas e até a Morada dos Baís são alvos de pichadores. Muitos deles atuam durante a madrugada e depredam pinturas que, em alguns casos, acabaram de ser refeitas. A reportagem do Midiamax esteve em […]

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Mesmo com a presença de agentes da Guarda Municipal na maioria dos locais públicos de Campo Grande (MS), unidades de saúde, escolas e até a Morada dos Baís são alvos de pichadores. Muitos deles atuam durante a madrugada e depredam pinturas que, em alguns casos, acabaram de ser refeitas.

A reportagem do Midiamax esteve em alguns locais na manhã desta terça-feira (29). Na UBS (Unidade Básica de Saúde) Caiçara – Alberto Neder, a pichação já é antiga. Uma funcionária, que não quis se identificar, não sabe ao certo há quanto tempo existe a pichação de uma escrita, mas assegura: “já faz anos”. Segundo ela, o local conta com a vigilância de um guarda municipal, que cumpre plantão durante a madrugada.

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida a situação é semelhante. Há cinco meses o prédio foi, novamente, alvo de depredação e comerciantes do entorno contam que é rotina a pintura para cobrir as pichações.

Funcionárias da unidade, que também não quiseram se identificar, afirmam que, neste caso, a presença da Guarda Municipal é constante, 24 horas por dia. No entanto, no momento da reportagem, nenhum foi encontrado. “Sempre tem pichação. Não sei o que acontece que os guardas não conseguem ver quem faz isso”, comenta um ambulante, que está há seis anos no local. “É sempre assim”.

Ele e mais um colega, que tem também tem comércio nas proximidades da unidade, diz que a última pintura para cobrir as pichações foi ‘desfeita’ menos de uma semana depois. “A Prefeitura tinha acabado de pintar e já sujaram. Cadê os guardas?”, questiona.

A Morada dos Baís também foi alvo de pichação. Desde sua fundação, em 1995, em dezembro de 2013 foi a primeira vez que aconteceu, segundo a coordenadora do local, Janine Portorelli. “Infelizmente fomos alvo. Tem Guarda Municipal 24 horas por dia e nos plantões eles ficam do lado de dentro. Neste caso, quando ele [guarda] ouviu o barulho já era tarde demais, os pichadores já tinham terminado. Pode ter sido um vacilo do guarda”, admite.

Nos locais visitados pela reportagem só foram encontradas pinturas consideradas atitude de vandalismo, que servem para marcar os locais vandalizados com nomes e mensagens indecifráveis para quem não integra os grupos dos pichadores. São casos diferentes do grafite, que embeleza a cidade e é uma manifestação legítima da arte de rua.

Praça do Papa

A Praça do Papa é outro local que sempre foi alvo de depredação, de acordo com um guarda municipal. “Antes pichavam muito, acabou a bagunça agora”, diz ao se referir a presença de guardas 24 horas por dia, que acontece há pouco tempo. “Antes até subiam em cima da praça com carro para dar ‘cavalinho de pau’”, afirma.

Guarda Municipal

O comandante da Guarda Municipal, Jonys Cabrera Lopes, reconhece a escassez de equipes de ronda em Campo Grande. De acordo com ele, a Capital tem, atualmente, 211 pontos sem presença de guardas. “Apesar do número de guarda ser razoavelmente grande, ainda há carência”, ressalta.

A ideia, segundo Cabrera, é fazer uma realocação dos guardas disponíveis para locais que mais necessitam.

Além das ações de pichação, há outras ações como locais com boca de fumo, por exemplo, que precisam de atenção. “Se ficar só na vigilância privada não vamos ter conhecimento de ações como essas. É uma das nossas preocupações”.

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