A apreensão com a greve dos metroviários em São Paulo marcou a contagem regressiva para o jogo de abertura da Copa do Mundo, no estádio Arena Corinthians.

Mas essa não é a única ameaça de paralisação que desperta incertezas sobre o funcionamento de serviços-chave para o Mundial.

No Rio de Janeiro, policiais civis devem fazer uma assembleia na sexta-feira para discutir se cruzarão os braços e trabalhadores dos aeroportos já aprovaram uma greve que reduzirá em 20% seu efetivo por ao menos 24 horas.

Em Fortaleza, onde o Brasil joga com o México na terça-feira, motoristas e cobradores de ônibus anunciaram uma paralisação para o início da semana que vem.

E em São Paulo, os fiscais da prefeitura estão fazendo a primeira greve da história da categoria recusando-se a fiscalizar o cumprimento de regras da Fifa em áreas ao redor do Arena Corinthians e Fan Fests.

Seja porque os movimentos sindicais perceberam que os holofotes do Mundial aumentam seu poder de barganha frente a empresas e entidades governamentais – como defendem autoridades e alguns analistas.

Ou seja porque “colocaram” uma Copa do Mundo no meio de campanhas salariais de categorias que têm sua data-base em maio ou junho – como argumentam os sindicatos.

O fato é que as greves e protestos de organizações sindicais se tornaram uma grande dor de cabeça política e uma das maiores incógnitas envolvendo a organização dos Jogos.