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Garantias travam verba do BNDES para Itaquerão e acordo Caixa/Corinthians

Apesar do contrato assinado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico), o Corinthians e a Odebrecht ainda não têm condições de receber os recursos do empréstimo para construir o Itaquerão porque ainda há obstáculos relacionados às garantias para a operação. Foi o que confirmaram ao blog as partes envolvidas na operação. Em […]
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Apesar do contrato assinado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico), o Corinthians e a Odebrecht ainda não têm condições de receber os recursos do empréstimo para construir o Itaquerão porque ainda há obstáculos relacionados às garantias para a operação. Foi o que confirmaram ao blog as partes envolvidas na operação.

Em novembro de 2013, o banco estatal e o Corinthians anunciaram a assinatura do contrato de financiamento do estádio. Mas, na prática, ainda havia questões a serem resolvidas relacionadas às garantias apresentadas pelo clube e pela Odebrechet, que sempre foram o maior empecilho para a liberação da verba há mais de um ano e meio.

Foi o que ficou claro quando, por conta de um processo de lei de acesso à informação, o BNDES enviou um documento em que informava ao blog que ainda seria fechado o contrato entre a Caixa Econômica Federal e o Corinthians. O banco atuará como repassador do dinheiro do BNDES. Ou seja, sem isso, será impossível receber o empréstimo de R$ 400 milhões para bancar o estádio.

Questionada, a Caixa admitiu que ainda há questões relacionadas às garantias do acordo para que a operação seja concluída. “O contrato de financiamento foi celebrado entre a Caixa e a Arena Itaquera e encontra-se em processo de formalização de garantias, que é condição essencial para liberação de recursos”, informou a assessoria do banco.

O dinheiro do financiamento do estádio entrará por meio da empresa Arena Itaquera, que pertence em parte à Odebrecht e indiretamente ao Corinthians, e controla todo o negócio financeiro do estádio. A falta de recursos tem aumentado de forma considerável os custos para o clube com a obra – já acumula cerca de R$ 100 milhões em juros em dinheiro de empréstimos da empreiteira e de bancos privados.

Havia a perspectiva, quando foi fechado o contrato com o BNDES, de a construção receber R$ 240 milhões, cerca de 60% do total, logo de cara. Mas isso não ocorreu justamente porque ainda havia questões relacionadas às garantias a serem revolvidas.

Perguntado sobre o assunto, o dirigente do Corinthians Andrés Sanchez, responsável pelo Itaquerão no clube, admitiu que ainda há pendências. Por meio de sua assessoria, ele disse que ainda faltam “alguns detalhes, detalhes burocráticos, até o final do mês, tudo deve estar certo.”

Ao mesmo tempo em que o negócio segue com questões a serem resolvidas, o BNDES continua a esconder todos os dados relacionados à operação de financiamento para o estádio. Por meio da lei de acesso à informação, o blog pediu para receber o documento do banco que aprovou o empréstimo, que justamente poderia ter mostrado as garantias do negócio. Mas a diretoria da empresa negou.

A Controladoria Geral da União determinou que esse relatório do BNDES teria de ser entregue ao blog, mas ainda assim o banco recusou, desrespeitou a lei e entregou uma certidão em que dizia que não revelaria nenhum dado por conta de sigilo bancário. Alegou que, ao mostrar os dados do empréstimo, iria desrespeitar outra lei.

Em resumo, a operação de empréstimo do BNDES para o Itaquerão continua emperrada e obscura sem nenhuma revelação de seus detalhes, nem solução.

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