Quatro furtos em um ano, sendo três somente de dezembro para cá. A incômoda rotina na vida do funcionário público Élio Rodrigues Frias teve mais um capítulo na madrugada de hoje e, enquanto o prejuízo aumenta, ele reclama que nem sequer consegue ser indenizado pela seguradora, quanto menos ver fora de ação os autores dos crimes.

Frias é servidor público e construiu um conjunto de salas comerciais próximo da casa dele, na Vila Santa Branca, região do Pioneiros, proximidades do Terminal Rodoviário, em Campo Grande. Ainda durante a obra, em março de 2013, o primeiro problema: vandalizaram todo o canteiro, amassaram portas, arrombaram cadeados e ainda furtaram a fiação de cobre.

“A gente trabalha tanto, o dia todo. Estou construindo com dificuldade para melhorar de vida, e daí vem um marginal fazer uma coisa dessas. É sacanagem, sentimento de indignação”, desabafou na época.

Em novembro as salas foram ocupadas e as lojas começaram a funcionar. Em dezembro, o primeiro furto. Em janeiro, o segundo e, na madrugada de hoje, vidros estourados e mais prejuízo em equipamentos e mercadorias. Segundo Frias, as perdas já passam dos R$ 30 mil.

Isso sem contar o que ele teve de gastar com segurança. Depois do furto em dezembro, o funcionário público instalou câmeras, alarmes e outros dispositivos, mas “não é o suficiente”, diz a vítima, contando que, desta vez “ele (ladrão) bateu em uma vitrine que não tem sensor”.

Com parte do capital investido indo embora pela mão de ladrões, Élio Frias espera também pela indenização do seguro. “Cada hora pedem um documento, nem o prejuízo do primeiro furto consegui reaver ainda”, conta.

Na polícia, diz ele, nem notícia sobre algum suspeito preso ou avanço em investigações. Enquanto isso, numa terça-feira de carnaval, após uma madrugada sem a menor folia para ele, Élio Frias passa a manhã a contar os prejuízos e esperando que a farra dos furtos tenha logo um final.