As 12 freiras sequestradas há mais de três meses na cidade síria de Malula por um grupo rebelde serão liberadas nas próximas horas, informaram neste domingo à Agência Efe fontes oficiais e religiosas.

O presidente do Conselho Ortodoxo libanês, Robert Eid, que interveio como mediador no sequestro das freiras, declarou à Efe que a expectativa é que as religiosas sejam liberadas às 17h (hora local, 12h de Brasília).

Enquanto isso, uma fonte oficial síria que pediu anonimato explicou à Efe que a libertação é iminente e que se esperam “boas notícias” em poucas horas.

“Fizemos todo o possível para libertar as freiras e continuaremos nossos esforços para devolver qualquer refém são e salvo a seu lar”, disse a fonte.

As freiras desapareceram do convento de Santa Tecla durante a tomada pelos rebeldes da cidade de maioria cristã de Malula, ao norte de Damasco, no último dia 2 de dezembro.

O regime acusou “terroristas” de ter sequestrado as religiosas, que posteriormente foram transferidas à cidade de Yabrud, perto da fronteira com o Líbano.

O grupo rebelde que tem em seu poder as freiras exigiu em janeiro a libertação de 200 presas em prisões do regime sírio em troca da libertação das religiosas.

Eid disse então que as freiras estavam bem de saúde e estavam retidas por uma organização insurgente cujo líder é de nacionalidade kuwatiana e responde pelo nome de Abu Anyan.

O contato com os sequestradores foi perdido na quarta-feira passada após uma série de bombardeios aéreos do exército sírio contra Yabrud, a maior cidade da região de Al Qalamun, que ainda não foi recuperada pelas autoridades.

Pelo menos 14 combatentes islamitas morreram em enfrentamentos contra as tropas governamentais em Yabrud e em seus arredores ontem na ofensiva lançada desde novembro do ano passado pelo regime para cortar a entrada de provisões aos rebeldes a partir do Líbano.