Seus pais se encontraram pela primeira vez no Festival de Cannes, mas este ano os filhos de Grace Kelly passarão longe da mais prestigiosa festa do cinema francês, em boicote à exibição do polêmico filme “Grace de Mônaco”, uma “distorção da História”, segundo eles.

Albert II, Caroline e Stéphanie não medem as palavras. “Grace de Mônaco”, filme do diretor francês Olivier Dahan que será exibido na noite de abertura do 67º Festival de Cannes em pré-estreia mundial, “não pode ser de forma alguma classificado de cine-biografia”, reclamam os herdeiros da atriz norte-americana que virou princesa.

Os três mostraram seu descontentamento por meio de um comunicado. No texto, chamam o filme de “trailer fantasioso” que “reforça a convicção após a leitura do roteiro de que se trata de uma produção, de uma página da história do Principado, baseada em referências históricas e literárias duvidosas”.

Os filhos da princesa, morta em 14 de setembro de 1982 num acidente de carro em Mônaco, garantem que “o diretor e os produtores recusaram levar em consideração as inúmeras observações formuladas pelo Palácio, que teriam por consequência uma adaptação global do roteiro e dos personagens”.

Em consequência, a família real, que comparece há anos ao Festival de Cannes, não estará presente durante sua abertura, no próximo 14 de maio.

A família não quer “de forma alguma estar associada a este filme (…) e lamenta que sua História tenha sido objeto de uma distorção com fins meramente comerciais”.

Os filhos de Grace Kelly já tinham se manifestado contra o filme em janeiro de 2013, avaliando que a obra – então em fase de produção – relatava uma página da História do Principado “inutilmente ‘glamourizada’.