O exército irá instaurar uma sindicância para apurar a conduta dos três soldados que foram presos após um arrastão na madrugada desta quarta-feira (12). De acordo com o Coronel Luís Fernando Barbosa Ribeiro, chefe da seção de comunicação social do Comando Militar do Oeste (CMO), será instaurada uma sindicância, que pode durar até 30 dias, para apurar a parte disciplinar da conduta militar e se comprovado o crime, os três devem ser expulsos.

“Será instaurado uma sindicância, pois é necessário o direito de defesa. Eles serão ouvidos e se comprovado o crime e confirmando a conduta não adequada, eles serão excluídos [do exército] e entregues à justiça comum”, afirma.

O coronel ainda ressalta que os soldados não eram engajados no Exército. Os três jovens estavam cumprindo o serviço militar obrigatório. Eles entraram no exército meio do ano passado e receberiam baixa em junho deste ano.

Após a prisão, os três foram encaminhados para a Delegacia Especializada em Repressão de Roubos e Furtos (Derf). Eles serão levados pela Polícia do Exército para realizar exame de corpo de deleito e serão levados para o CMO.

Arrastão – Os soldados foram presos depois de realizar 12 assaltos e roubarem 15 celulares. Para cometer os crimes, os jovens usavam dois simulacros de revólver.  Marcelo Anderson, Mike Douglas, e Mike Ledson, todos com 19 anos, foram detidos pela Polícia Militar depois de denúncia anônima. Mike Douglas é filho de um pastor, Mike Ledson passou em um exame para oficial da Marinha, e Marcelo é filho da dona do Gol preto que eles usaram durante os assaltos para abordarem as pessoas.

Os assaltos aconteceram na Vila Nhá-Nhá, Vila Carvalho, Orla Morena, Avenida Mato Grosso, Avenida Presidente Vargas, e próximo do Conjunto Azaleia.