Encontram no México restos de gonfotério de pelo menos 10 mil anos
Especialistas mexicanos recuperaram um crânio e duas presas de um gonfotério de pelo menos 10 mil anos no central estado de Tlaxcala, cujo estudo permitirá aprofundar no conhecimento da megafauna na região nos finais do Pleistoceno. As peças achadas na comunidade de Santiago Tepeticpac foram encapsuladas e guardadas para sua limpeza e a aplicação de […]
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Especialistas mexicanos recuperaram um crânio e duas presas de um gonfotério de pelo menos 10 mil anos no central estado de Tlaxcala, cujo estudo permitirá aprofundar no conhecimento da megafauna na região nos finais do Pleistoceno.
As peças achadas na comunidade de Santiago Tepeticpac foram encapsuladas e guardadas para sua limpeza e a aplicação de um tratamento de conservação, a fim de que possam ser estudadas por especialistas em megafauna, assinalou o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
O doutor Aurelio López Corral, do Centro INAH-Tlaxcala, indicou que os restos deste exemplar de gonfotério, pertencente a uma família extinta de proboscídeos parentes dos elefantes atuais, foram descobertos no final de maio entre depósitos de areia vulcânica vedados por grossas camadas muito resistentes.
O crânio e as presas medem ao redor de dois metros de comprimento em conjunto, uma extensão relativamente curta para exemplares desta espécie, o que indica que pode se tratar de um indivíduo jovem. Os especialistas poderão confirmar esta hipótese uma vez realizados os estudos.
O achado aconteceu quando um grupo de trabalhadores, ao extrair material de um banco de areia para as obras de restauração no local arqueológico de Tepeticpac, advertiram que era possível avistar a ponta de um das presas.
Uma vez que se obteve a autorização do Conselho de Arqueologia do INAH, foi possível fazer o resgate e a partir disso, foram encontrados o crânio e as duas presas completas do gonfotério.
López indicou que a descoberta é inédita em Tlaxcala. “Foram encontrados restos fósseis em outros lados do estado, mas nada como isto, o que nos permitirá fazer mais estudos sobre a presença de megafauna na entidade durante o Pleistoceno (que se estendeu de 2,6 milhões a 10 mil anos)”, concluiu.
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