Em São Paulo, quem desperdiçar água terá que pagar multa
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (21) que vai utilizar um terceiro manancial que abastece a Grande São Paulo para suprir a crise hídrica do Sistema Cantareira e confirmou que vai cobrar multa ainda neste semestre de quem aumentar o consumo de água. Segundo Alckmin, o Sistema Rio Grande, que […]
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Segundo Alckmin, o Sistema Rio Grande, que capta água de um braço da Represa Billings, na região do ABC paulista, deverá ser usado para ajudar a abastecer bairros da capital que são atendidos pelo Cantareira por meio da reversão de água pela rede. Hoje, o remanejamento é feito dos sistemas Alto Tietê e Guarapiranga para cerca de 1,6 milhão de domicílios.
“Vai entrar também daqui a alguns meses o Rio Grande. Então, vamos substituindo várias áreas por outros sistemas”, disse Alckmin durante a entrega de obras e liberação de recursos na região de Franca, interior paulista.
O Rio Grande abastece cerca de 1,6 milhão de pessoas nas cidades de Diadema, Santo André e São Bernardo, o que corresponde a 7% da Grande São Paulo. O sistema hoje está com 94,6% da capacidade, bem acima do Cantareira, que registra 12%, recorde negativo.
Segundo o governador, a partir de maio, os moradores da região metropolitana abastecidos pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deverão ser multados se aumentarem o consumo de água. Para Alckmin, a medida vem se somar ao desconto de 30% para quem economizar ao menos 20%. “Então vamos estabelecer o ônus para quem gastar mais água”, disse o tucano.
Mesmo com as novas medidas previstas, Alckmin voltou a afirmar que o racionamento de água generalizado não está descartado. “Se for necessário será feito”, afirmou.
Na semana passada, o comitê anticrise que monitora o Cantareira recomendou que a Sabesp se planeje para captar menos água do manancial que abastece 47% da Grande São Paulo. O governador falou que tem tomado medidas para evitar o uso do chamado “volume morto” do Cantareira, cerca de 400 bilhões de litros represados abaixo do nível das comportas. “Estamos fazendo o bônus para evitar o desperdício e os outros sistemas também estão ajudando o Cantareira”.
Alckmin disse ainda que quando o Cantareira chegar a 6% ele entra na reserva técnica. “Só pretendemos utilizar 190 dos 400 milhões de metros cúbicos de água”. Ele justificou a medida sob o argumento de que o Cantareira está vivendo a maior estiagem dos últimos 100 anos. “É para esses momentos de estresse hídrico que você tem a reserva técnica”, afirmou o tucano.
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