O empresário Eike Batista conseguiu fechar um acordo com os credores internacionais da OGX – que trocou de nome passou a se chamar Óleo e Gás Partcipações – e deverá obter um novo financiamento de US$ 215 milhões para a companhia. A operação, segundo fontes do mercado, está sendo liderada pela Pimco e, de acordo com comunicado da própria empresa, financiamento será feito por meio da venda de duas parcelas de títulos que serão subscritos pelos credores. Com esse refinanciamento, Eike vai perder o controle da OGX.

A OGX, conforme o acordo, irá emitir debêntures conversíveis no valor de US$ 125 milhões. Os US$ 90 milhões restantes serão emitidos posteriormente. Na nota divulgada pela OGX, o atual presidente da empresa, Paulo Narcélio Simões Amaral, disse que estava muito satisfeito por ter chegado a um acordo com os credores, o que vai permitir, segundo ele, pagar o empréstimo-ponte, manter as operações e cumprir os compromissos. “Este acordo é um importante voto de confiança no potencial da OGX e um passo importante em nossa reestruturação, que, se aprovada, irá proporcionar à empresa um novo começo”, afirmou o diretor.

Emboa não tenha sido esclarecido no comunicado, o acordo firmado na madrugada deste sábado deverá prejudicar ainda mais os acionistas minoritários que detinham cerca de 50% das ações da empresa e, com o acordo, possivelmente, deverão ter essa participação bastante reduzida. De acordo com representantes desses acionistas, pelas informações que circularam antes de Eike fechar o acordo, os minoritários poderiam ficar com apernas 5% das ações.

A OGX deverá apresentar finalmente nesta próxima semana o plano de recuperação judicial, que é obrigatório para que a empresa posssa continuar com o plano de recuperação. A apresentação do plano estava prevista para janeiro, mas foi prorrogada a pedido da própria empresa.

A dívida da OGX com credores internacionais chega a US$ 5,1 bilhões. Eike teve seu patrimônio de bilhões derretido a partir do ano passado devido às dívidas, depois que resultados decepcionantes na produção de seus poços de petróleo afugentaram os investidores.