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Dólar cai, diante de fluxo positivo e recuo de títulos dos EUA

Com o mercado já projetando uma interrupção do ciclo de aperto monetário ao fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de hoje, o dólar teve pouca força para subir e acompanhou o movimento no exterior. A moeda americana operou em ligeira queda frente às divisas emergentes, amparada pelo recuo das taxas dos títulos […]
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Com o mercado já projetando uma interrupção do ciclo de aperto monetário ao fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de hoje, o dólar teve pouca força para subir e acompanhou o movimento no exterior. A moeda americana operou em ligeira queda frente às divisas emergentes, amparada pelo recuo das taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries).

O dólar chegou a subir pela manhã, mas perdeu força durante a tarde diante de um fluxo mais positivo para o mercado local, fechando em queda de 0,27% a R$ 2,2350. Já o contrato futuro com vencimento em junho recuava 0,20% para R$ 2,236.

O pouco vigor da moeda americana hoje está em sintonia com o movimento da divisa no exterior e é influenciado pela forte baixa nos rendimentos dos Treasuries, o que traz um cenário mais favorável para países emergentes.

No mercado local, a aposta majoritária é de manutenção da taxa Selic em 11%. Segundo os analistas, uma interrupção do ciclo de aumento nos juros já está refletida no preço dos ativos e teria pouco feito sobre o câmbio. Além disso, eles não acreditam que isso possa diminuir o apetite por ativos de renda fixa em comparação com os mercados emergentes, uma vez que o segue oferecendo a maior taxa de juros real do mundo.

Os investidores seguem acompanhando a decisão do Banco Central sobre a rolagem dos próximos lotes de swap cambial a vencer. A expectativa cada vez mais clara de que a autoridade monetária caminha para não rolar cerca de metade dos swaps cambiais com vencimento no início de junho reforça as apostas na interrupção do programa de intervenção.

Além disso, a autoridade monetária ainda não se pronunciou sobre a rolagem de cerca de US$ 3,5 bilhões em linhas com compromisso de recompra que vencem também no próximo mês. “O BC tem a oportunidade para parar com o programa e administrar as intervenções por meio das rolagens dos swaps, podendo, dependendo do cenário, começar a rolar menos para reduzir o estoque”, afirma Francisco Carvalho, diretor de câmbio da corretora BGC Liquidez.

Apesar das dúvidas sobre a continuidade da atuação do BC no câmbio, o cenário de baixa volatilidade no mercado externo tem contribuído para amenizar a pressão de alta do dólar no mercado local. Analistas, no entanto, já notam um arrefecimento das alocações para mercados emergentes.

Em maio, até o dia 23, o fluxo cambial está negativo em US$ 1,476 bilhão, resultado de uma saída líquida de US$ 970 milhões da conta financeira e de um déficit de US$ 506 milhões na conta comercial. Com esse resultado, o fluxo cambial caminha para fechar o mês em terreno negativo depois de dois meses de superávit. No ano, no entanto, o saldo continua positivo em US$ 3,365 bilhões. “A corrida de entrada de recursos externos já mostrou uma desaceleração, como mostra o fluxo cambial”, afirma Carvalho.

Depois do rali de alta das moedas emergentes, que já dura desde fevereiro, muitos investidores estão aproveitando para embolsar parte dos lucros. Além disso, a sinalização de alguns países da adoção de medidas para limitar a valorização de suas moedas e estimular a competitividade da economia tem reduzido o apetite por mercados emergentes.

A Índia e Colômbia estão comprando dólares para limitar a valorização de suas divisas, enquanto há especulações de que o Banco Central da Coreia do Sul deve seguir o mesmo caminho para estimular s exportações do país asiático.

Já a Turquia cortou recentemente a taxa básica de juros de 10% para 9,5% para estimular o crescimento da economia.

O Brasil deve seguir o mesmo caminho, com o BC enfatizando que o recente movimento de alta da taxa básica de juros tem efeito defasado.

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