Dois detentos fogem de presídio no Maranhão

Dois presos fugiram da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) do município de Pedreiras, localizada a cerca de 270 quilômetros da capital, São Luís. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), a fuga ocorreu na tarde de sexta-feira (24). Um dos presos, identificado como Miciel Roque dos Santos, foi recapturado […]
| 26/01/2014
- 18:35
Dois detentos fogem de presídio no Maranhão

Dois presos fugiram da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) do município de Pedreiras, localizada a cerca de 270 quilômetros da capital, São Luís. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), a fuga ocorreu na tarde de sexta-feira (24).

Um dos presos, identificado como Miciel Roque dos Santos, foi recapturado logo em seguida. O outro, Manoel Gomes da Silva, o Ligeirinho, continua foragido. Os presos escalaram o muro da unidade para fugir, aproveitando uma falha na segurança.

A Sejap informou também que, durante vistoria, agentes penitenciários e monitores descobriram um túnel na cela 12 do Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Imperatriz, a cerca de 750 quilômetros da capital, impedindo a fuga de detentos. Os presos que estavam na cela foram levados para outro espaço na mesma unidade.

 

No início da noite de quinta-feira (23), um princípio de motim foi registrado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, em São Luís. O tumulto aconteu após revista feita pela Polícia Militar em algumas celas da unidade prisional. Na ocasião, os policiais encontraram cerca de 40 armas artesanais, além de aparelhos de televisão e reprodutores de CD. Em represália, os presos jogaram pedras nos policiais e queimaram dois colchões. A polícia interveio jogando bombas de efeito moral.

O sistema carcerário do Maranhão vive uma crise que se acentuou desde o segundo semestre do ano passado. Em outubro, a situação se agravou, com uma rebelião no Complexo de Pedrinhas, deixando nove mortos e 20 feridos. A crise fez com que o governo do estado decretasse situação de emergência. Em um ano, 64 detentos foram mortos nos presídios do estado. Quatro somente este ano.

Detentos de Pedrinhas também ordenaram ataques a ônibus e delegacias de São Luís no dia 3 de janeiro. Duas vítimas dos atentados continuam internadas em hospitais de referência para queimaduras.

 

A paciente internada no Hospital Regional da Asa Norte, em , Juliane Carvalho Santos, com saúde estável apresenta melhora clínica, segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Ela teve 40% do corpo queimado e deve passar hoje por mais um desbridamento – procedimento cirúrgico para retirada de pele morta. O estado de saúde outro paciente, Márcio Ronny da Cruz, internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia, é estável. Ele teve 72% do corpo queimado.

As pacientes Abyancy Silva Santos e Lorrane Beatriz, que foram tratadas em hospitais de São Luís, já receberam alta médica.

Amanhã (27), a Defensoria Pública começará a fase presencial do mutirão carcerário no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O objetivo é atender todos os 2.704 presos de Pedrinhas. Desses, 1.525 são presos provisórios, que ainda não passaram por julgamento. Os defensores querem identificar os que têm direito à liberdade por estarem presos provisoriamente há mais tempo que o permitido por lei, por já terem cumprido a pena ou que tenham direito à progressão de regime e à liberdade condicional. O atendimento presencial deve durar duas semanas.

 

Para a terça-feira (28) o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem) convocou ato público em São Luís, no qual vai pedir que o governo reveja a portaria da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), que limita a atuação dos agentes concursados à escolta prisional. A mobilização será de manhã e começará em frente à Sejap, de onde seguirá para a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA).

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