Dilma e líderes do Haiti e Dominica são únicos chefes de Estado em cerimônia

Pelo que indica a lista das delegações oficiais da assessoria de imprensa da Santa Sé, Dilma teria sido a única chefe de Estado presente à cerimônia, ao lado dos presidentes do Haiti, Joseph Martelly, e de Nicholas Liverpool, presidente de Dominica (não confundir com República Dominicana), pequena ilha no Caribe der 70 mil habitantes. As […]

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Pelo que indica a lista das delegações oficiais da assessoria de imprensa da Santa Sé, Dilma teria sido a única chefe de Estado presente à cerimônia, ao lado dos presidentes do Haiti, Joseph Martelly, e de Nicholas Liverpool, presidente de Dominica (não confundir com República Dominicana), pequena ilha no Caribe der 70 mil habitantes.

As delegações oficiais dos outros países que tiveram cardeais criados no consistório foram chefiadas por ministros, vice-ministros e secretários.

A Argentina enviou uma comitiva chefiada pelo secretário para Culto, Guillermo Oliveri, para prestigiar a criação como cardeal do arcebispo de Buenos Aires, Mario Aurelio Poli.

A delegação do Chile – que teve criado o cardeal Orlando Quevedo – foi comandada pelo secretário-geral da Presidência, Cristian Larroulet.

A delegaçao alemã, que veio para a criação como cardeal do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Mueller – foi chefiada pelo vice-presidente do Bundestag (Parlamento alemão), Johannes Singhammer.

No consitório anterior, em que Bento 16 criou 22 cardeais, entre eles o brasileiro Dom João Braz de Aviz, o único chefe de Estado era o presidente de Malta – que, a exemplo do presidente da Alemanha ou da Itália, não chefia o governo.

O Brasil, na ocasião, foi representado pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

‘Católico praticante’

O consistório que criou dom Orani Tempesta foi o primeiro que contou com um presidente brasileiro.

Em entrevista à BBC Brasil, o vice-diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, Ciro Benedittini, disse que a presença de líderes da alta hieraquia política em cerimônias como essa “depende de se o país é católico, se o líder em questão é católico praticante”.

Analistas ouvidos pela BBC Brasil nesta semana haviam dito que viam nesta nova visita de Dilma – que não é católica praticante – à Roma uma ação “de olho no eleitorado”, em particular o católico.

Na sexta-feira, ela teve um encontro com o papa, o terceiro em um ano. Ela disse ter pedido ao papa uma mensagem de apoio a uma “Copa contra o racismo” e que ele intercedesse para que não houvesse ação de alguma “mão de Deus”.

Ela deu ao papa de presente uma camiseta assinada por Pelé e outra com dedicatória de Ronaldo “Fenômeno”, e convidou-o para a Copa – dando a entender, entretanto, que o pontífice não deve ir.

Um representante do planalto disse à BBC que o pedido por uma audiência com o papa se deu para agradecer e retribuir a visita ao Brasil no Encontro Mundial da Juventude (no Rio, em junho de 2013).

Ao longo da semana, Dilma repetiu em várias ocasiões que veio a Roma também para prestigiar a criação como cardeal de dom Orani, “um homem de grande capacidade e solidariedade”.

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