“Vamos ver”, diz Ruy Ohtake, que visita obra a cada 15 dias; no projeto já foram gastos R$ 124 milhões e a meta do governo é entregá-lo ainda neste ano.

Criador do projeto do Aquário do Pantanal, no Parque das Nações Indígenas, o arquiteto Ruy Ohtake ressaltou nesta quinta-feira (31) os esforços em concluir a obra até o fim do ano, mas não garante que isso seja possível. O arquiteto paulista e designer de móveis, autor de mais de 300 obras no Brasil e no exterior, está em Campo Grande para participar da mostra Casa Cor MS.

“A obra pegou um ritmo bom de uns seis meses para cá. O esforço, agora, é terminar a obra neste ano, mas vamos ver”, analisa o arquiteto, ao ser questionado sobre a meta, imposta pelo próprio governador, André Puccinelli (PMDB), de deixar tudo pronto neste ano.

Ohtake conta que viaja a cada 15 dias a Campo Grande para acompanhar o andamento da obra. O Aquário do Pantanal já custou aos cofres públicos, até agora, pelo menos R$ 124 milhões, sendo R$ 105 milhões somente a estrutura física. 

A estimativa do governo é concluir o aquário em outubro. Puccinelli, em várias ocasiões, ressaltou a meta de deixar o local pronto e aberto aos visitantes até o fim de seu mandato, em 31 de dezembro próximo.

Cerca de 400 funcionários trabalham na obra para cumprir o prazo. Ao todo, o projeto terá 25 tanques, sendo seis externos, com capacidades variadas.

O maior aquário de água doce do mundo foi avaliado inicialmente em R$ 84.749.754,23. Mas, após 16 suplementações o custo da obra deve passar de R$ 124 milhões.

Para Ruy Ohtake, de 74 anos, esta é uma das obras mais importantes em sua carreira, já que não será apenas um local de visitação, mas, também, um centro de pesquisa científica. “É uma das regiões mais importantes do Brasil, por isso, procurei fazer um projeto que busca sintetizar o Pantanal com seus peixes, jacarés e lontras”, observou o arquiteto.

Sobre algumas modificações que o projeto sofreu, e que segundo o governador teriam atrasado a obra, o arquiteto afirmou que as alterações são comuns em obras de grande porte. “De forma alguma descaracteriza a obra, e isso é normal, veja os estádios, por exemplo. E quando o projeto é forte, aguenta mais algumas modificações, eu acho que é nosso caso aqui”, disse.