Corrida em excesso aumenta o risco de morte prematura

Um novo estudo realizado nos Estados Unidos sugere que muita corrida pode levar à morte precoce. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que vivem por mais tempo são aquelas que fazem uma quantidade moderada de exercício, o que equivale a duas ou três horas de caminhada na semana, relata o levantamento publicado na revista cientifica […]

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Um novo estudo realizado nos Estados Unidos sugere que muita corrida pode levar à morte precoce. Os pesquisadores descobriram que as pessoas que vivem por mais tempo são aquelas que fazem uma quantidade moderada de exercício, o que equivale a duas ou três horas de caminhada na semana, relata o levantamento publicado na revista cientifica “Health Day”.

A pesquisa, que é polêmica porque contradiz diversos trabalhos segundo os quais a corrida faz bem à saúde, mostrou que tanto pessoas que correm muito quanto as que não correm nada têm expectativa de vida mais curta. Os responsáveis pelo trabalho não têm certeza da causa que justifica o resultado, mas argumentam que pode estar relacionada à saúde do coração.

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Cardiovascular “Lehigh Valley”, na Pensilvânia, estudaram mais de 3,8 mil corredores. Os participantes eram homens e mulheres com idade média de 46. Quase 70% disse que corria mais de 32 quilômetros por semana.

Os cientistas levaram em conta os tipos de medicação que as pessoas estavam tomando e também se elas tinham pressão arterial ou colesterol altos ou histórico de tabagismo. A pesquisa descobriu que nenhum desses fatores pode ser usado para explicar o porquê de pessoas que correm mais terem expectativa de vida menor.

James O’Keefe, que analisou a investigação para o jornal britâncio “Daily Mail”, acredita que os resultados pode ser causados ​​por um desgaste no corpo de pessoas que exageram na corrida.

Outras pesquisas já provaram benefícios

Os resultados do estudo se contrapõem ao senso comum e a outras pesquisas já realizadas que observaram os benefícios do treino para corrida. É o caso de um estudo apresentado na 63ª Sessão Científica Anual da Sociedade Americana de Cardiologia, no último mês de março. O trabalho descreveu que o treinamento corridas de longa distância pode ajudar a proteger o coração.

A pesquisa se baseou no acompanhamento da saúde de corredores não profissionais de meia idade que estavam se preparando para a Maratona de Boston de 2013. Depois do treino, os participantes apresentaram redução em alguns índices ligados a doenças cardíacas.

Eles estudaram 45 corredores amadores do sexo masculino, com idade entre 35 e 65 anos. Cerca de metade dos participantes tinha corrido três ou mais maratonas em sua vida, enquanto a outra metade tinha corrido duas ou menos. Os participante passaram por uma avaliação médica completa, que incluiu teste ergométrico de esforço cardiopulmonar, estudos de imagem cardíaca e exame de colesterol, antes e depois do programa de treinamento.

Na avaliação após o treinamento, realizada antes da participação na maratona, os corredores apresentaram melhoras apontadas como significativas para alguns riscos cardiovasculares. A lipoproteína de baixa densidade, ou LDL, conhecido como colesterol ‘ruim”, diminuiu 5%, em média, já o colesterol total sofreu redução de 4% e as taxas de triglicerídeos caíram 15%. O índice de massa corporal (IMC) teve redução de 1% e os participantes mostraram melhora na aptidão cardiorrespiratória, com aumento de 4% no consumo de oxigênio de pico – utilizado como marcador para mortalidade cardiovascular.

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