Contratos entre Neymar e Barça são “barbaridade”, diz jornal

Segundo o jornal espanhol Marca, uma das fontes da investigação da Justiça espanhola sobre o caso da contratação de Neymar pelo Barcelona afirmou que os acordos entre o clube catalão, o jogador brasileiro e seu pai são “uma barbaridade”. De acordo com o que foi apurado, existem “indícios claros de simulação de contratos”, disse a […]

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Segundo o jornal espanhol Marca, uma das fontes da investigação da Justiça espanhola sobre o caso da contratação de Neymar pelo Barcelona afirmou que os acordos entre o clube catalão, o jogador brasileiro e seu pai são “uma barbaridade”. De acordo com o que foi apurado, existem “indícios claros de simulação de contratos”, disse a fonte.

A publicação afirma que no contrato firmado entre Barcelona e Neymar em 3 de setembro de 2013 foi declarado “impossível” haver cumprido um acordo anterior, de novembro de 2011, quando os espanhóis pagaram 10 milhões de euros à empresa N&N para contratar o atacante em 2014. Como o contrataram um ano antes, o último item do vínculo firmado em 2013 estabelece que as partes “se liberam de qualquer responsabilidade mútua pelo descumprimento”.

Entretanto, no mesmo dia, o Barcelona e o pai de Neymar assinaram o pagamento de uma indenização de 40 milhões de euros: 10 milhões já pagos em 2011, 25 milhões imediatos para a N&N e outros 5 milhões em janeiro de 2014. O valor seria oficialmente uma indenização por descumprimento do contrato de novembro de 2011 – porém, o clube já deveria ter ficado livre desta obrigação pelo contrato assinado mais cedo.

Por indícios como este, as investigações consideram que as quantias pagas pelo Barcelona às empresas do pai de Neymar fazem parte do valor total da transferência e foram “maquiadas” para ficar de fora do total oficial, segundo o Marca. São “indenizações suspeitas que deveriam ter sido declaradas à Receita”, afirma o jornal.

Outro fato que chamou a atenção dos investigadores foi o pagamento de 4 milhões de euros para que a N&N busque patrocinadores para o Barcelona – um valor muito acima do preço de mercado. Outro detalhe é que a quantia vai para a empresa do pai de Neymar independentemente do resultado – ou seja, ele não precisa conseguir de fato nenhum patrocínio para ficar com o dinheiro.

Na última quinta-feira, o juiz Pablo Ruz, da Audiência Nacional da Espanha, decidiu acusar o Barcelona por crime fiscal na contratação de Neymar. O clube teria sonegado 9,1 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões).

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