Começa segunda rodada de negociações entre governo sírio e oposição

A segunda rodada das negociações de paz entre o governo sírio e a oposição começou nesta segunda-feira às 10h30 locais (7h30 de Brasília) na sede das Nações Unidas em Genebra, na Suíça. O mediador internacional neste processo, Lakhdar Brahimi, se reunirá hoje separadamente com cada delegação, confirmou uma porta-voz da ONU. De manhã, Brahimi recebe […]

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A segunda rodada das negociações de paz entre o governo sírio e a oposição começou nesta segunda-feira às 10h30 locais (7h30 de Brasília) na sede das Nações Unidas em Genebra, na Suíça.

O mediador internacional neste processo, Lakhdar Brahimi, se reunirá hoje separadamente com cada delegação, confirmou uma porta-voz da ONU. De manhã, Brahimi recebe a delegação da oposição e pela tarde se encontrará com a equipe negociadora enviada pelo governo sírio.

As negociações começaram em 22 de janeiro com uma conferência ministerial em Montreux, na Suíça, durante a qual quarenta países deram seu apoio à iniciativa de paz elaborada pelos Estados Unidos e Rússia em junho de 2012, com o apoio da ONU.

Após a reunião ministerial, as negociações entre as partes se desenvolveram durante oito dias em Genebra e em seguida entraram em recesso de uma semana.

O grande passo dado nessa primeira fase de reuniões foi que as partes inimigas aceitaram se sentar frente a frente e conversar com a ajuda do mediador. Foi também aprovada durante a primeira rodada de negociações de paz a saída de civis da cidade de Homs, uma das mais atingidas pelo conflito.

O grande desafio desta nova rodada de consultas, que deve se prolongar por uma semana, é obter algum resultado concreto.

Para isso, governo e oposição sírias deverão chegar a um acordo sobre o ponto de partida das conversas políticas. O regime considera que o primeiro tema a ser tratado deve ser o fim da violência terrorista -como classifica todos os grupos rebeldes armados-, enquanto a aposição deseja abordar a questão da transição política.

Estima-se que mais de 136 mil pessoas tenham morrido e que milhares tenham deixado suas casas para buscar refúgio em países vizinhos como Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque, causando temores de que o conflito possa se espalhar pela região.

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