Catadores pedem posição da Justiça quanto a liminar que não dá prazo para construção de área de transição

Sentados no chão em frente ao portão de acesso do lixão, no Bairro Dom Antônio Barbosa, região sudoeste de Campo Grande, e com cartazes nas mãos, os catadores de produtos recicláveis impediram a pouco o primeiro caminhão de coleta a descarregar no local. Eles gritam palavra de ordem e dizem que não vão sair de lá.

Com o impedimento, o condutor do veículo deu o balão e saiu do local que reúne aproximadamente 150 trabalhadores de produtos recicláveis. “Este foi o primeiro veículo a não entrar, vamos seguir aqui só às 19 horas”, fala Rodrigo Leão, presidente dos catadores de recicláveis.

Uma das faixas segurada pelos manifestantes é “Polícia pra quê? Não somos bandidos e não queremos guerra”. “Sabemos que a qualquer momento, eles vão aparecer por aqui e queremos que fique claro que este ato é pacífico, queremos apenas uma resposta da justiça”, disse Rodrigo, se referindo a liminar que impede que os trabalhadores entrem no lixão.

Nela, a justiça pede também que a Solurb, empresa responsável pelo saneamento básico, faça uma área de transição para que eles possam trabalhar sem risco a saúde ou a vida, de forma humanizada e regular.

Outro cartaz que chama a atenção é “Cadê o prefeito?”. Eles falam que Gilmar Olarte (PP) havia prometido a intervir no assunto, porém não deu explicações a eles.

LIMINAR

Após 24 horas do fechamento do lixão no Dom Antônio Barbosa, região sudoeste de Campo Grande, por liminar judicial, os catadores de produtos recicláveis realizam uma manifestação no local sobre o assunto. Eles pedem um prazo para que a área de transição seja construída.

“É daqui que tiramos nosso ganha pão. Entendemos o porque que foi fechado e qual é o objetivo da justiça, mas eles esqueceram de dar um prazo para a Solurb construir uma área segua em que poderemos trabalhar dignamente”, enfatiza Rodrigo Leão, presidente dos catadores de recicláveis.

A manifestação começou na manhã desta terça-feira (3). “Sem prazo, nosso medo é que a empresa possa empurrar isso com a barriga e ninguém fará nada, pois não tem prazo para esta adequação”, afirma Rodrigo.